MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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Foto: Krzysztof Baranski/ freeimages.com

São Paulo – Apesar do dia mais positivo para os mercados acionários no exterior, o Ibovespa mostra dificuldades de definir uma direção nesta manhã com as ações de bancos e da Petrobras pesando negativamente, antes da divulgação do balanço do Itaú Unibanco. Por outro lado, as ações da Vale e de siderúrgicas têm fortes altas após dados positivos da economia chinesa.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,46%, aos 103.392,79 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,8 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2020 apresentava avanço de 0,34%, aos 103.455 pontos.

Após abrirem em alta, as ações de bancos passaram a cair e a mostrar maior volatilidade, com investidores digerindo balanços já divulgados e os que ainda serão publicados, como os do Itaú Unibanco (ITUB4 -0,11%), que será conhecido hoje após o fechamento do mercado.

Segundo o economista-chefe da Codepe Corretora, José Costa, os resultados do segundo semestre do Itaú podem vir similares aos do Bradesco, que vieram dentro do esperado pelo mercado e com a diretoria do banco mostrando cautela com o cenário. “Os bancos devem ser conservados ao máximo, de olho na inadimplência”, afirma.

Por outro lado, as ações do Banco do Brasil são a exceção entre os grandes bancos e avançam na expectativa de que o ex-presidente do HSBC no Brasil, André Brandão, seja confirmado como o novo presidente do banco, segundo publicado em jornais. “Trata-se de um nome do mercado, foi bem recebido”, disse Costa.

Os papéis da Petrobras, que também têm grande peso no índice, são outros que recuam após a divulgação do balanço na semana passada.

Já as maiores perdas do Ibovespa no momento são das ações da Cogna, da CVC e do IRB Brasil. As ações da Cogna recuam após altas recentes, depois da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da sua subsidiária Vasta na Nasdaq, enquanto a CVC divulgou seus resultados financeiros de 2019 não auditados após concluir o processo de revisão contábil. O IRB Brasil também divulgou dados trimestrais preliminares e não auditados.

Na contramão, as ações das da CSN e da Usiminas mostram as maiores altas do índice refletindo a valorização dos preços do minério de ferro após dados positivos da indústria na China. As ações da Vale também seguem o movimento.

No exterior, as Bolsas norte-americanas sobem amparadas pelo setor de tecnologia e demais Bolsas também avançam em meio a dados positivos dos setores industriais na China e na Europa. Porém, estão no radar as negociações entre republicanos e democratas para a aprovação de pacote de ajuda à economia norte-americana, assim como o avanço do coronavírus em vários países.

O dólar comercial ganhou força na alta ao longo da manhã e operou próximo da valorização de 2%, acompanhando um cenário externo mais cauteloso diante da volta do aumento de casos do novo coronavírus em países da Europa e nos Estados Unidos. Investidores ainda acompanham o impasse para a aprovação do pacote de estímulo norte-americano de US$ 1 trilhão.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 2,01%%, sendo negociado a R$ 5,3210 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2020 apresentava avanço de 1,82%, a R$ 5,325.

“A segunda onda de covid-19 está trazendo muita volatilidade aos mercados, trazendo também incertezas sobre a retomada das economias. No Brasil, ainda é semana de Copom [Comitê de Política Monetária] com decisão sobre a Selic. O mercado espera um de 0,25 ponto percentual, trazendo a taxa para 2% ao ano”, explicaram analistas da XP Investimentos.

Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Corretora, destaca ainda a demora na decisão sobre a aprovação do pacote de ajuda norte-americana, que poderia trazer alívio aos mercados. “Nos Estados Unidos os democratas e republicanos ainda não se entenderam em relação ao novo pacote de estímulos de US$ 1 trilhão”, afirmou e especialista.

Após iniciar a sessão com leves oscilações, as taxas dos contratos de juros futuros (DIs) tentam firmar um ligeiro viés positivo, acompanhando o movimento do dólar, que já sobe quase 2% e é cotado acima de R$ 5,30. Ainda assim, a movimentação da curva a termo é estreita, com os investidores em compasso de espera pela reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom).

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 1,905%, de 1,91% no ajuste anterior, na última sexta-feira; o DI para janeiro de 2022 estava em 2,67%, de 2,65% ao final da semana passada; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 3,67%, de 3,65%; e o DI para janeiro de 2025 estava em 5,20%, de 5,18%, na mesma base de comparação.