São Paulo, SP – A Eneva informou os resultados preliminares do primeiro trimestre de 2024, com geração total de energia bruta de 1.609 gigawatts-hora (GWh). Já o resultado
líquido chegou a 1.173 GWh, produzidos pelas usinas termelétricas a gás e carvão e 405 GWh produzidos pela geração solar.
No Complexo Parnaíba, considerando todas as usinas em operação, UTEs Parnaíba I a V, a geração líquida foi de 355 GWh, referentes aos despachos ocorridos em janeiro/24 por ordem de mérito de custo, quando da indicação dos modelos, restrição elétrica, em função de solicitação pelo ONS para garantia de confiabilidade e estabilidade do sistema elétrico e unit commitment, acionado de forma complementar aos despachos necessários para o sistema de modo a atender as restrições operativas contratuais das usinas.
Na UTE Jaguatirica II, localizada no sistema isolado de Roraima, o nível de disponibilidade média foi de 99%,refletindo a estabilização concluída em dezembro, quando atingiu disponibilidade próxima dos 100%, conforme divulgado no último release operacional. No 1T24, o despacho da usina foi de 82% e a geração líquida alcançou 216 GWh, atingindo o maior volume desde o início de sua operação comercial.
No 1T24, houve a retomada da demanda para importação de energia da Argentina para atendimento as maiores cargas observadas para o período do verão. A exportação de energia termelétrica foi concentrada principalmente entre o final de janeiro de 2024 e o início de fevereiro/24, com demanda média diária de 1,1 GWm nesse período. A demanda por importação de energia da Argentina foi motivada pelo aumento repentino das temperaturas no país, sendo totalmente suprida pela geração de energia térmica, sem exportação de vertimento turbinável no período.
Nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, as UTEs Parnaíba I, IV e V, geraram energia para exportação para Argentina, somando 248 GWh no trimestre. Deste montante, 133 GWh são referentes à energia comercializada a preços estabelecidos em contratos bilaterais e 115 GWh liquidadas a PLD. Esta geração excedente em relação ao volume efetivamente comercializado para exportação, remunerada a PLD, é decorrente da necessidade do maior intervalo de tempo ou carga do que o período ou volume estabelecido no contrato de exportação, em função de fatores como: variações horárias na demanda de energia para
exportação; restrições operativas e limitações de modulação de carga de cada usina; e
gestão do timing de ramp-up.
Adicionalmente, neste trimestre a UTE Parnaíba II gerou 351 GWh no mercado de curto prazo11 e a UTE Itaqui apresentou um ligeiro despacho (0,4%) totalizando geração líquida de 3 GWh no 1T24 referente a teste para comprovar a potência máxima e disponibilidade da planta ocorrido em janeiro de 2024.
GERAÇÃO SOLAR
A operação comercial de 100% do Complexo Solar Futura 1 teve início ao final de maio/23, após autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O Complexo é composto pelas UFVs Futura 1 a 22 totalizando 692,4 MWac de capacidade instalada. A conclusão da estabilização do Complexou ocorreu ao final de outubro/23, quando 100% das UFVs encontravam-se operacionais. A geração líquida do parque no 1T24 alcançou 405 GWh, apresentando volume inferior frente à geração do 4T23, principalmente decorrente da maior nebulosidade e alta ocorrência de chuvas na região nos primeiros meses do ano, impactando a irradiância média14 de Futura 1, que ficou em um patamar ligeiramente abaixo ao esperado para o período.
PRODUÇÃO E RESERVAS
No 1T24, a produção de gás natural da Eneva totalizou 0,26 bilhão de metros cúbicos (bcm), sendo 0,20 bcm no Complexo Parnaíba e 0,06 bcm na Bacia do Amazonas, no Campo de Azulão, direcionado ao suprimento da UTE Jaguatirica II. O aumento do volume de gás produzido no 1T24 frente ao 1T23 é resultado, da maior demanda por gás das termelétricas para geração em função do retorno do despacho regulatório nas usinas do Complexo Parnaíba e da melhoria da disponibilidade na UTE Jaguatirica II, ao nível de 99% no 1T24 versus 81% no 1T23.
A Companhia encerrou o 1T24 com um total de reservas 2P de gás natural de 47,4 bcm, sendo 37,4 bcm de reservas na Bacia do Parnaíba e 10,0 bcm na Bacia do Amazonas, no Campo de Azulão. Este volume reflete o saldo das reservas certificadas divulgadas em 15 de fevereiro de 2024 nos relatórios de certificação de reservas referentes a 31 de dezembro de 2023, elaborados pela Gaffney, Cline & Associates (GCA), descontando o consumo de gás acumulado no 1T24.
