Não há solução imediata e talvez nunca haja para a pandemia, diz chefe da OMS

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Bandeira com o símbolo da Organização Mundial da Saúde (OMS). (Foto: Missão dos EUA/Eric Bridiers)

São Paulo – Mesmo com avanços em tratamentos e vacinas contra o novo coronavírus, não existe uma solução imediata para a pandemia e talvez nunca exista, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa.

“O mundo tem feito avanços em identificar tratamentos que podem ajudar as pessoas com as formas mais sérias de covid-19 a se recuperaram”, disse ele, citando que a OMS recomenda que os países participem de testes clínicos relevantes e desenvolvam vacinas e terapias seguras e efetivas.

“Vária vacinas estão agora em fase três de testes clínicos, e todos esperamos que possamos ter várias vacinas efetivas”, disse o chefe da OMS. “No entanto, não há bala de prata no momento e talvez nunca haja”, afirmou. “Por agora, parar novos surtos volta ao básico da saúde pública e controle de doenças: testar, isolar e tratar paciente e rastrear e colocar seus contatos em quarentena”, disse.

Para indivíduos, as recomendações são usar máscara, manter o distanciamento social e lavar as mãos com frequência.

Ele disse ainda que onde a pandemia está em controle, os governos e indivíduos devem continuar seguindo as regras, fortalecendo os sistemas de saúde, melhorando a vigilância e o rastreamento de contatos e garantindo que sistemas de saúde interrompidos sejam reiniciados o mais rápido possível.

“Retirar restrições muito rapidamente pode levar ao ressurgimento” de infecções, afirmou. Ele destacou ainda a importância de continuar investindo em forças-tarefas e compartilhando informações. “Se agirmos juntos hoje, podemos salvar vidas”.

Na sexta-feira, a OMS reportou o recorde de quase 300 mil novos casos diários de covid-19 em todo o mundo, a maioria nas Américas. O número de infecções globais totaliza 17,9 milhões, incluindo 686 mil mortes, diz a organização.