Eletrobras espera concluir processo de privatização até junho

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São Paulo – A Eletrobras disse que espera avançar na segunda etapa da análise pelo Tribunal de Constas da União (TCU) que está agendada para amanhã (18/5) e concluir o processo de capitalização da companhia até junho, disse a administração da estatal a investidores e analistas na teleconferência de resultados realizada nesta terça-feira.

“Tivemos o pedido de vistas e o processo retornará à pauta amanhã, o que mudou a janela do processo e a apresentação dos resultados do primeiro trimestre que está acontecendo hoje. Então, caso o TCU aprove, teremos que analisar o acórdão e aí faltará concluir o prospecto. Temos até meados de agosto para concluir a operação. Entendemos que fazer o processo o quanto antes, ainda em junho desse ano, é o melhor para o processo, mas ainda não temos uma data”, disse Rodrigo Limp, presidente da Eletrobras, ao reiterar o cronograma estimado pela companhia.

O executivo destacou a aprovação da primeira etapa da análise da capitalização da companhia pelo Tribunal de Contas da União e a inclusão da apreciação da modelagem e do preço mínimo do processo na pauta da reunião do colegiado do tribunal que será realizada nesta quarta-feira.

A companhia trabalha com o cronograma que já foi comunicado ao mercado, que prevê a capitalização até junho.

Limp não quis dar projeções sobre a análise do TCU e disse que prefere aguardar a decisão final do órgão pois não tem clareza em relação ao posicionamentos dos ministros.

Em relação à definição do preço-mínimo, a companhia disse que o BNDES contratou duas empresas de avaliação independente e que os estudos que elas realizaram foram enviados ao TCU. “O que sabemos é que o preço estará ‘tarjado’ e só vamos conhecer no dia da divulgação”, disse Elvira Presta, diretora executiva financeira da Eletrobras.

AMAZONAS ENERGIA

Em relação à dívida da Amazonas Energia, que totalizava R$ 7,2 bilhões em créditos a receber da distribuidora ao final de primeiro trimestre de 2022, o presidente da Eletrobras disse que espera que a companhia atenda exigências que foram feitas pela companhia.

“A Amazonas Distribuidora fica numa área de concessão bem complexa, teve poucos interessados em sua privatização e entendemos que algumas medidas precisam ser tomadas. Existem pleitos a serem resolvidos com a Aneel e a distribuidora não tem apresentado medidas para avançar na gestão e em questões regulatórias”, disse o presidente da Eletrobras.