Velocidade da economia global deve cair para o mínimo em três décadas, segundo relatório do Banco Mundial

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Velocidade do crescimento global deve cair | Foto: Pixabay

O relatório Falling Long-Term Growth Prospects: Trends, Expectations, and Policies (Perspectivas de crescimento de longo prazo em queda: tendências, expectativas e políticas”, do Banco Mundial, divulgado hoje (27), avisa que o crescimento da economia no mundo deve desacelerar até 2030.

“O ‘limite de velocidade’ da economia global a taxa máxima de longo prazo na qual ela pode crescer sem provocar inflação deve cair para uma baixa de três décadas até 2030. É necessário um impulso político ambicioso para aumentar a produtividade e a oferta de mão de obra, aumentar o investimento e o comércio e aproveitar o potencial do setor de serviços”, afirma o documento.

É o primeiro estudo sobre crescimento da economia feito depois da pandemia da Covid-19 e do início da guerra na Ucrânia.

Uma década perdida pode estar se formando para a economia global, disse Indermit Gill, Economista-Chefe do Banco Mundial e Vice-Presidente Sênior de Desenvolvimento Econômico. Mas ele avisa que há uma solução. O limite de velocidade da economia global pode ser aumentado por meio de políticas que incentivem o trabalho, aumentem a produtividade e acelerem o investimento.

Devemos às gerações futuras formular políticas que possam proporcionar um crescimento robusto, sustentável e inclusivo, disse Ayhan Kose , principal autor do relatório e diretor do Grupo de Perspectivas do Banco Mundial. “No nível nacional, cada economia em desenvolvimento precisará repetir seu melhor recorde de dez anos em uma série de políticas. No nível internacional, a resposta política requer uma cooperação global mais forte e um impulso renovado para mobilizar o capital privado.

A crise bancária também tem papel importante na redução da velocidade do crescimento.As recessões tendem a diminuir o crescimento potencial, disse Franziska Ohnsorge, principal autora do relatório e gerente do Grupo de Perspectivas do Banco Mundial. As crises bancárias sistêmicas causam danos imediatos maiores do que as recessões, mas seu impacto tende a diminuir com o tempo.