Lucro líquido da Cemig recua 17,5% no 1° trimestre de 2024

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Edificio Sede Cemig. Divulgação Cemig.

São Paulo, SP – A Cemig divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024, com lucro líquido IFRS de R$ 1,152 bilhão, queda de 17,54% em relação ao mesmo período de 2023. O lucro líquido recorrente foi de R$ 1,154 bilhão, redução de 9,1% na comparação anual.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) IFRS
totalizou R$ 2,011 bilhões, queda de 7 em relação ao 1T23. Já o Ebitda recorrente foi de R$ 1,991 bilhão, queda de 4% na comparação anual.

A receita líquida foi de R$ 9,057 bilhões, alta de 4,8% em relação ao mesmo período de 2023.

O Grupo Cemig faturou, aproximadamente, 9,25 milhões de clientes em março de 2024, com crescimento de 174 mil clientes, o que equivale a um aumento de 1,9% na base de consumidores em relação a março de 2023. Deste total, 9.247.020 são consumidores finais e de consumo próprio e 537 são outros agentes do setor elétrico brasileiro

O fornecimento de energia para clientes cativos somado a energia transportada para clientes livres e distribuidoras totalizou 12,03 mil GWh no 1T24, aumento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023, decorrente, principalmente, do maior consumo das classes residencial (+265,3 GWh ou +8,9%), industrial (+117,5 GWh ou +2,2%) e rural (+86,7 GWh ou +16,4%), em função das altas temperaturas registradas, melhora da atividade econômica e maior necessidade de irrigação no período. O crescimento de 4,4% no total de energia distribuída é composto do aumento de 5,1% (+294,7 GWh) no uso da rede pelos clientes livres e do aumento de 3,6% (+206,8 GWh) no consumo do mercado cativo.

Em março de 2024, foram faturados 9,24 milhões de consumidores, aumento de 1,9% em relação a março de 2023. Desse total, 3.186 são clientes livres que utilizam a rede de distribuição da Cemig D.

A energia vendida pela Cemig GT e pela Cemig Holding, excluindo CCEE, cresceu 4% em relação a 1T23, sendo que a energia faturada pela Cemig GT totalizou 5.182 GWh (incluindo energia de cotas) no 1T24, redução de 18,1%. Essa redução ocorreu em função da transferência de contratos de vendas para a Cemig Holding, que representou 1.522 GWh a mais que no mesmo período de 2023.

A Cemig Holding registrou vendas de 4.520 GWh no 1T24, aumento de 50,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A migração de contratos de compra de terceiros da Cemig GT para a Cemig Holding se iniciou no 3T21 e vem acontecendo gradualmente desde então, já tendo atingido aproximadamente 60%

No 1T24, o volume de gás vendido foi 9,7% menor que no 1T23 e o volume distribuído para os clientes livres industriais foi 1,8% maior. O EBITDA da Gasmig foi 15,6% menor no 1T24 em relação ao 1T23, influenciado pela redução do volume e, também, do valor cobrado de parcela compensatória na tarifa.

No 1T24, a Cemig D amortizou R$440,9 milhões de dívida e, em março de 2024 concluiu emissão de debêntures, caracterizadas como “títulos ESG de uso de recursos sustentáveis”, no valor de R$ 2 bilhões, com demanda de 2,73 vezes, composta de duas séries. A primeira de R$400 milhões, remunerada a CDI + 0,80% e vencimento em 5 anos, com amortização também no 4 ano. A segunda de R$1,6 bilhão, remunerada a IPCA + 6,1469% e vencimento em 10 anos, com amortização no 8 e 9 anos também.

O prazo médio da dívida subiu aproximadamente 1 ano após essa emissão, passando para 3,6 anos. A alavancagem se manteve em patamar inferior 1 vez (0,83 vezes) dívida líquida/Ebitda ajustado. A dívida líquida fechou no primeiro trimestre em R$ 7,072 bilhões, queda de 5,9% na comparação com o último trimestre de 2023.