Tema geopolítico começou a afetar o preço e a logística no mundo, diz Campos Neto

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Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, participa da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal, em Brasília. (Foto: Raphael Ribeiro/BCB)

São Paulo – Em evento realizado na manhã de hoje, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fez um panorama da situação atual da economia global.

O mandatário entende que o desafio, neste momento, é combater o núcleo da inflação, e aproveitou para sublinhar que o caso brasileiro foi exitoso: O tema geopolítico começou a afetar a logística e preço no mundo, avaliou.

Pontuando que os juros nos Estados Unidos estão em suas máximas dos últimos anos, Neto disse entender que as taxas brasileiras são altas, porém menores do que foram no passado.

O endividamento global, contudo, é um tema sensível. O presidente do BC observou que o custo da dívida subiu mundialmente, e que a situação brasileira, neste ponto, não é confortável, tendo uma das maiores dívidas dentre os países emergentes.

Enfatizando que grande parte dos economistas incluindo a si mesmo têm errado nas projeções do PIB nos últimos anos, Neto acredita que em 2024 a situação não será diferente, e que revisões altistas já começaram a acontecer.

Neto acredita que o país tem melhorado pontos que no passado atrapalharam o crescimento do PIB, como as reformas que têm sido feitas e em breve irão começar a surtir efeitos.

O que vai fazer com que a gente saia da dinâmica social x fiscal, é focar nas políticas de crescimento, disse. O setor máximo precisa ser criativo e tirar o máximo da burocracia, complementou.

Na visão do mandatário do BC, compreender a China tem sido um desafio para os economistas: O grande questionamento (na China) é que se as vendas estão caindo muito, porque o preço de imóveis não está caindo. É preciso, a curto prazo, ficar atento ao setor imobiliário na China, concluiu.