Reservatórios de hidrelétricas devem encerrar janeiro com mais 60% de capacidade de armazenamento

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Hidrelétrica Risoleta Neves, Minas Gerais. Crédito: Agência Vale.
Hidrelétrica Risoleta Neves, Minas Gerais. Crédito: Agência Vale.

São Paulo – O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que o nível dos reservatórios das hidrelétricas devem encerrar o mês de janeiro com capacidade acima de 60%, devido a possibilidade de manutenção de temperaturas elevadas nas principais cidades do Sudeste/Centro-Oeste e na região Sul.

A Energia Armazenada (EAR) para 31 de janeiro nos quatro subsistemas estão, pela quarta semana seguida, acima de 60%. As estimativas da revisão atual são superiores às divulgadas anteriormente.

O Sudeste/Centro-Oeste pode fechar o mês com EAR de 69%, ante 67% do boletim anterior. Caso a projeção se confirme, será o percentual de EAR mais elevado para janeiro na região há 11 anos, quando alcançou 76,1%. Os cenários prospectivos para os demais submercados são: 86,6% no Sul (ante 83,1% indicados na semana passada), 71% (70%) para o Nordeste e o Norte com 98,4%, crescimento expressivo ante os 70,1% da semana passada.

Os cenários prospectivos de Energia Natural Afluente (ENA) estão acima de 90% da Média de Longo Termo (MLT), ao final de janeiro de 2023, em todo o Brasil. Para três subsistemas, a ENA estimada é superior a 100% da MLT pela quarta semana consecutiva. O Sudeste/Centro-Oeste, onde se localizam cerca de 70% dos reservatórios interligados ao SIN, pode registrar 120% da MLT (ante 122% na edição anterior). O Norte novamente registra o índice mais elevado: 152% da MLT (156%). Para o Nordeste, a estimativa de ENA, ao final do mês, é de 106% da MLT (108%). Por fim, o Sul manteve um comportamento de elevação na projeção de ENA, com 93% da MLT (84%). Os dados indicam um regime de chuvas compatível com o período úmido.

Com isso, na semana de 21 a 27 de janeiro, o órgão indica desaceleração da carga no Sistema Interligado Nacional (SIN), de 1,4% (71.212 MWmed), ante 2,2% projetados previamente, como resultado do crescimento da carga no Norte, com 11,6% (6.381 MWmed) e no Nordeste com 2,3% (11.507 MWmed), e reduções no Sudeste/Centro-Oeste e Sul, de 2,8% (40.321 MWmed) e de 5,6% (13.003 MWmed), respectivamente. Todos os dados apresentados comparam o percentual estimado para o final de janeiro de 2023 ante o mesmo período do ano passado.

O Custo Marginal de Operação (CMO) tem valor zerado pela quinta semana consecutiva e segue equalizado em todo o País.