EUA e China negociam mudanças estruturais em acordo comercial de primeira fase

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São Paulo — Representantes comerciais dos Estados Unidos e da China conversaram por telefone sobre a implementação do acordo de fase um entre os dois países. As discussões abordaram as mudanças estruturais ainda necessárias para que o tratado seja completo, além das recentes compras agrícolas feitas pelos chineses.

“As partes conversaram sobre as medidas que a China tomou para efetuar mudanças estruturais exigidas pelo acordo que irão garantir maior proteção aos direitos de propriedade intelectual, remover impedimentos para empresas norte-americanas nas áreas de serviços financeiros e agricultura e eliminar a transferência forçada de tecnologia,” disse o comunicado publicado pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos.

“As partes também discutiram os aumentos significativos nas compras de produtos norte americanos pela China, bem como as ações futuras necessárias para implementar o acordo”, acrescentou o escritório.

Participaram das conversas o vice-premiê chinês Liu He, o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, participaram das discussões de terça-feira, de acordo com comunicados de ambos os governos.

“Os dois lados conduziram um diálogo construtivo sobre questões como o fortalecimento da coordenação bilateral de políticas macroeconômicas e a implementação do acordo econômico e comercial de primeira fase”, afirma uma declaração do Ministério do Comércio chinês divulgada pela mídia estatal.

“Os dois lados concordaram em criar condições e uma atmosfera para continuar impulsionando a implementação do acordo comercial”, disse o relatório da mídia estatal.

A ligação acontece depois que uma revisão planejada de seis meses do acordo definido para 15 de agosto foi adiada para uma data não especificada.

Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a China havia feito a maior compra de soja e milho na história do país. No entanto, ele continuou a criticar Pequim, afirmando que “não via o acordo da mesma forma” depois do coronavírus.