RADAR DO DIA: Fitch rebaixa perspectiva do Brasil, atenção a balanços

771

São Paulo – O foco dos investidores estará sobre a decisão da agência de classificação de risco Fitch de manter a nota do Brasil em ‘BB-‘, mas rebaixar a perspectiva para negativa, citando a deterioração do quadro econômico e fiscal do país, além dos riscos derivados das incertezas políticas – incluindo tensões entre o Executivo e o Congresso – e da pandemia do novo coronavírus.

O mercado também estará atento aos resultados financeiros divulgados desde o fechamento do pregão de ontem. Na lista de balanços, destacam-se os da Telefônica Brasil, da TIM e da Gerdau.

O lucro líquido da Telefônica Brasil caiu 14,1% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 1,153 bilhão, pressionado tanto pela queda na receita da companhia quanto por um aumento nas perdas com operações financeiras e nas despesas com impostos.

A TIM reportou um lucro líquido de R$ 161,8 milhões no primeiro trimestre, alta de 34,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior, resultado provocado principalmente pela redução de 4,8% nos custos de operação da empresa e em perdas menores com operações financeiras. O lucro normalizado, que ajusta o resultado para remover fatores não-recorrentes, aumentou 8,3% em base anual, a R$ 164,4 milhões.

O lucro líquido da Gerdau caiu 51,3% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 221 milhões, pressionado por um declínio de 8,0% na receita líquida, a R$ 9,228 bilhões, e por um aumento de 2,5% nas despesas, a R$ 370 milhões.

No cenário político, a Câmara dos Deputados aprovou um auxílio de R$ 125 bilhões da União para estados e municípios. Os deputados removeram da proposta o congelamento de salários do serviço público e, por isso, terá de retornar ao Senado. Foi a segunda passagem deste texto pela Câmara.

No exterior, os mercados europeus operam sem direção comum depois de dados mostrarem que as vendas no varejo da zona do euro caíram 11,2% em março ante fevereiro, e que as encomendas à indústria da Alemanha tiveram diminuição de 15,6% na mesma comparação.

Edição: Gustavo Nicoletta (g.nicoletta@cma.com.br)