Projeção do PIB da eurozona passa para queda de 7,7% em 2020

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Sede da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), em Bruxelas. Foto: Divulgação/ Serviço Audiovisual da UE

São Paulo – A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), revisou suas projeções para a economia da zona do euro para este ano, passando para uma queda de 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ante alta de 1,2% divulgada em fevereiro. A contração prevista é bem mais profunda do que na crise financeira de 2009, devido à pandemia do novo coronavírus.

A previsão para o crescimento do PIB da zona do euro no ano que vem, por sua vez, foi revisada para cima, de 1,2% para 6,3%. Com relação à União Europeia, a previsão passou de alta de 1,4% a queda de 7,4% para este ano, enquanto para o ano que vem a projeção de crescimento foi revisada de 1,4% para 6,1%.

Segundo a UE, a pandemia de covid-19 e as medidas de contenção necessárias perturbaram profundamente a vida das pessoas e a economia. “Dada a gravidade deste choque mundial sem precedentes, agora está bem claro que a UE entrou em a recessão econômica mais profunda de sua história”, diz o relatório.

“A produção econômica é definida como colapso na primeira metade de 2020, com a maior parte da contração ocorrendo no segundo trimestre”, segundo a UE. Para o ano que vem, é esperada uma recuperação, mas ela deve ser apenas gradual (em forma de U). “A incerteza sobre a pandemia permanece enorme”.

A UE destacou que o menor emprego e investimento reduzem a produção potencial, enquanto a incerteza recorde sobre empregos, renda e vendas, devem conter a demanda por algum tempo. “A crise de covid-19 é um choque simétrico que afeta todos os Estados membros”, disse, alertando que o impacto da crise e a maneira como os países emergirão será desigual.

“O quão bem os países emergem dependerá não apenas da gravidade da pandemia e o rigor de suas medidas de contenção, mas também de suas exposições econômicas específicas e condições iniciais, e respostas discricionárias da política que seus níveis de espaço de política os permitem bancar”, concluiu.