Preços da gasolina e diesel estão 1% e 2% mais baratos que no exterior, segundo Abicom

160

São Paulo – Nesta terça-feira, as defasagens médias dos preços da gasolina e do diesel estão em -1% e -2% abaixo do preço de paridade de importação (ppi) nos principais polos do País, segundo acompanhamento diário da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). A variação indica que o litro da gasolina está, em média, R$ 0,04 mais barato no mercado doméstico em relação ao preço no exterior, enquanto o preço do diesel está, em média, R$ 0,09 mais barato internamente do que no Golfo do México, região usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros.

De acordo com a Abicom, nos polos operados pela Petrobras, a defasagem nos dois combustíveis está em -2% na gasolina e -3% no diesel, em relação ao preço internacional, o que representa R$ 0,07 e R$ 0,11 mais baratos, respectivamente, conforme a medição de hoje.

A Abicom destaca que a medição de hoje ocorre 11 dias após a vigência do aumento linear Médio de R$ 0,25 por litro no Diesel S10 e da redução de R$ 0,12 por litro na gasolina, pela Petrobras, em 21 de outubro.

Além disso, na última quarta (25), a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu o preço do óleo diesel A em R$0,0817 por litro e aumentou o preço da gasolina A em R$0,0097 por litro. Com isso, os preços médios dos dois produtos operam com diferenciais negativos nos demais polos analisados, exceto neste polo.

O PPI foi calculado pela Abicom usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado de ontem (30).

A Abicom comentou, no relatório, como a estabilidade no câmbio e a redução nos preços de referência do óleo diesel e, principalmente, no da gasolina no mercado internacional no fechamento de ontem, o cenário médio de preços aproxima-se da paridade mesmo ainda estando dela para o óleo diesel e para gasolina.

A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, fechou na sessão de ontem operando em patamar elevado (R$5,00) e pressionando os preços domésticos dos produtos importados, acrescentou.

A entidade também registrou que a oferta apertada do petróleo segue pressionando os preços futuros da commodity.