No G-7, Johnson apela para que países evitem erros de 2008 durante pandemia

650
Reunião dos líderes do G-7 (grupo composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) na Cornualha, sul da Inglaterra / Foto: G-7

São Paulo – O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, fez um apelo para que os países não repitam os erros da crise financeira de 2008 durante a pandemia do novo coronavírus em seu discurso de abertura da cúpula do G-7 (grupo composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) da qual o Reino Unido é anfitrião.

“Todos vocês passaram pela pior pandemia que o mundo já enfrentou pelo menos durante nossas vidas. Na verdade, acho que esta é uma reunião que realmente precisa acontecer, porque precisamos ter certeza de que aprenderemos as lições da pandemia. Precisamos ter certeza de não repetir alguns dos erros que cometemos ao longo dos últimos 18 meses ou mais e colocar em prática o que é necessário para permitir que nossas economias se recuperem”, afirmou ele.

Johnson lembrou que a recuperação da crise financeira de 2008 foi desigual, mas se mostrou otimista sobre a retomada global em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

“Eles têm potencial para se recuperar com muita força e temos todos os motivos para estar otimistas, mas é vital não repetir os erros da última grande crise, a última grande recessão econômica de 2008 quando a recuperação não foi uniforme em todas as partes da sociedade”, disse.

A cúpula do G-7, na Cornualha, começou hoje e vai até o domingo. No encontro, os líderes das principais economias avançadas pretendem buscar respostas para alguns dos problemas globais mais urgentes, entre eles a vacinação contra a covid-19 e as mudanças climáticas.

“Precisamos ter certeza de que, à medida que nos recuperamos, subimos de nível em nossas sociedades – precisamos reconstruir melhor. Na verdade, acho que temos uma grande oportunidade de fazer isso, porque, como o G-7, estamos unidos em nossa visão de um mundo mais limpo e mais verde”, afirmou.

Johnson defendeu a solução para a mudança climática com o uso de tecnologias e disse que essa é uma frente com potencial para gerar milhões de empregos altamente qualificados e com salários elevados.