Negócios de carne bovina nos Estados Unidos têm sido mais desafiadores, diz JBS

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Porto Alegre – O presidente de Operações Globais da JBS, Wesley Batista Filho, destacou hoje, em teleconferência de resultados relativos ao quarto trimestre e a todo ano de 2022, que o mercado de carne bovina nos Estados Unidos se mostrou desafiador nos últimos três meses do ano passado, condição que vem sendo mantida também no primeiro trimestre deste ano. “Esse cenário não é novo, pois normalmente vemos melhoras no segundo e terceiro trimestres. Acreditamos, de todo modo, que os negócios em carne bovina irão performar”.

No que tange ao mercado de frangos, o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni, ressalta que o cenário não tem sido muito diferente do observado no mercado de carne bovina. “O mercado de frango tem procurado se ajustar, pois houve um grande aumento da produção no quarto trimestre do ano passado, que já vem se reduzindo, tanto em termos de alojamentos quanto de peso das aves, embora ainda de forma lenta”, explica.

Tomazoni ressalta que no varejo a demanda por carne de frango se mantém bem sustentada. No food service, a demanda tem crescido bastante, especialmente para o frango médio e pequeno. “O segmento de frangos grandes é que ainda precisa de ajustes”, afirma.

Demanda no mercado interno tem sido razoável, diz Seara

A demanda por produtos preparados no mercado interno brasileiro tem sido razoável e não apresenta grandes problemas para a Seara, de acordo com declarações do presidente de Operações Globais da JBS, Wesley Batista Filho, na teleconferência de resultados da companhia.

Wesley ressalta que a Seara está focada no desempenho não apenas nos trimestres próximos, mas no longo prazo, através dos investimentos que foram feitos visando aumento de valor agregado e de demanda em produtos preparados.

“Estamos iniciando a produção de produtos empanados em Rolândia (PR) e mais adiante iniciaremos avanços na produção de salsichas. Com investimentos realizados em suínos, na planta de Dourados (MS) também pretendemos ampliar a produção de alimentos preparados”, comentou o executivo, que destacou ainda que, da expansão de 20% feita nas plantas da Seara, pouco mais de metade do resultado será visto já neste ano e o restante em 2024.

Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS.