Magazine Luiza reverte prejuízo e lucra R$ 101,5 mi no 4° trimestre de 2023

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Fachada de Loja do Magine Luiza

São Paulo, SP – A Magazine Luiza divulgou ontem o balanço do quarto trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 101,5 milhões, revertendo assim o prejuízo de R$ 15,2 milhões
registrado no quarto trimestre de 2022. Considerando os ganhos líquidos não recorrentes, o lucro líquido foi de R$ 212,2 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 756,5 milhões, alta de 12,3% em relação ao mesmo período de 2022. Segundo a companhia, o resultado é reflexo do aumento da margem de contribuição dos canais de venda, especialmente do marketplace. Em 2023, o Ebitda ajustado atingiu R$ 2,131 bilhões, equivalente a uma margem de 5,8%. A margem Ebitda avançou 1,2 ponto percentual, fechando em 7,2%.

No 4T23, a receita líquida foi de R$ 10,5 bilhões, uma redução de 5,5% comparado ao 4T22. Vale explicar que, em função da volta do DIFAL (diferença de alíquota de ICMS nas vendas interestaduais), as deduções sobre a receita bruta no trimestre passaram de
17,4% para 19,6%, influenciando a receita líquida de mercadorias. No ano, o aumento de imposto foi de aproximadamente R$ 1 bilhão. Por outro lado, a receita líquida de serviços cresceu 16,7%. Em 2023, a receita líquida apresentou uma redução de 1,4% para R$ 36,8 bilhões.

No 4T23, as vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio (1P) e marketplace (3P) ficaram estáveis comparado ao mesmo período do ano anterior e totalizaram R$ 17,9 bilhões (crescimento médio anual de 18,9% em quatro anos). Isso foi reflexo de uma redução de 1,5% no e-commerce total (crescimento médio anual de 31,0% em quatro anos) e um crescimento de 3,5% nas lojas físicas (crescimento médio anual de 2,9% em quatro anos). Em 2023, as vendas totais cresceram 4,8% e atingiram R$ 63,1 bilhões.

No 4T23, as despesas financeiras líquidas totalizaram R$ 437,7 milhões, equivalentes a 4,1% da receita líquida. Em relação ao mesmo período do ano anterior, as despesas reduziram 1,0 p.p. devido à redução da taxa de juros, melhoria do capital de giro e ao aumento proporcional do marketplace nas vendas, uma vez que esse canal apresenta menores despesas financeiras relacionadas. Desconsiderando os efeitos dos juros de arrendamento mercantil, a despesa financeira líquida foi de R$ 355,3 milhões no 4T23,
equivalente a 3,4% da receita líquida. Em 2023, a despesa financeira líquida foi de R$ 2,1 bilhões, equivalente a 5,6% da receita líquida.

O Magalu encerrou o 4T23 com 1.286 lojas, sendo 1.049 convencionais e 237 virtuais. No 4T23, a companhia encerrou a operação de 17 quiosques. Nos últimos 12 meses, a Companhia abriu 1 nova loja convencional na Região Sudeste. Da base total, 27% das
lojas estão em processo de maturação.

Em função da forte geração de caixa operacional no trimestre, a posição de caixa líquido
aumentou de R$ 700 milhões em setembro de 2023 para R$ 1,7 bilhão em dezembro de 2023. A Companhia encerrou o trimestre com uma posição de caixa total no valor de R$ 9,1 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 3,4 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de R$ 5,7 bilhões. A variação do saldo total de caixa nos últimos 12 meses está associada aos investimentos no valor de R$ 640 milhões e ao
pagamento das aquisições, especialmente da última parcela da Kabum no valor de R$ 500 milhões.

“Vale destacar o Aumento de Capital Privado, aprovado em 28 de janeiro de 2024 pelo nosso Conselho de Administração, no montante de R$ 1,25 bilhão. Os recursos captados serão fundamentais para a aceleração dos investimentos em tecnologia, incluindo a expansão do Luizalabs, e a evolução da plataforma de marketplace, da experiência do usuário (UX) e dos serviços de Ads, Fintech, Fulfillment e Magalu Cloud. Além de suportar esses investimentos, parte do valor captado contribuirá para a otimização da estrutura de capital da Companhia, acelerando a redução das despesas financeiras”, explicou a companhia.