Magazine Luiza registra prejuízo líquido ajustado de R$ 146 mi no 3° trimestre

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Fachada de Loja do Magine Luiza

São Paulo, SP – O Magazine Luiza divulgou ontem (10) o balanço do terceiro trimestre de 2022, com um prejuízo líquido ajustado de R$ 146 milhões, revertendo o lucro líquido ajustado de R$ 22,6 milhões do mesmo período do ano passado.

As vendas totais, incluindo lojas físicas, ecommerce com estoque próprio (1P) e marketplace (3P) cresceram 2,2% e atingiram R$14,2 bilhões, reflexo do aumento de 2,6% no e-commerce total (crescimento médio anual de 46,0% em três anos) e um crescimento de 1,4% nas lojas físicas (crescimento médio anual de 3,3% em três anos).

O crescimento das vendas em conjunto com o aumento da margem bruta, contribuiu para o EBITDA ajustado, que atingiu R$527,5 milhões, crescendo 50% comparado ao mesmo período de 2021. A margem EBITDA ajustada foi de 6,0%, avançando 1,9 p.p. comparada ao terceiro trimestre de 2021. O resultado líquido ajustado foi negativo em R$ 146 milhões, influenciado principalmente pelo aumento da taxa de juros no período.

O lucro bruto ajustado cresceu 15,3% para R$ 2,5 bilhões. No trimestre, a margem bruta foi de 27,9%, um aumento de 3,2 p.p. comparado ao mesmo período de 2021. Esse aumento é reflexo do crescimento da receita de serviços, principalmente daqueles relacionados ao Marketplace. Além disso, o repasse gradual da inflação de custos e do aumento da taxa de juros para o preço final contribuiu para o aumento da margem bruta de mercadorias. Nos 9M22, o lucro bruto cresceu 12,8% para R$ 7,3 bilhões, equivalente a uma margem bruta de 28,1%.

A receita líquida foi de R$ 8,8 bilhões, alta de 2,3% em comparação com o mesmo período de 2021, e em linha com a variação da receita bruta total. De janeiro a setembro, a receita líquida cresceu 1%, para R$ 26,1 bilhões. A receita bruta total foi de R$10,7 bilhões, um aumento de 2,4% comparada ao mesmo período de 2021, influenciada pelo crescimento das novas categorias, que foi parcialmente compensado pelo menor volume de vendas nas categorias de bens duráveis. A receita de serviços de varejo cresceu 17,8% no período, especialmente devido ao crescimento do marketplace e do Magalu Pagamentos. De janeiro a setembro, a receita bruta total foi de R$ 31,7 bilhões, crescendo 0,5% no período.

A geração de caixa operacional foi de R$ 324 milhões, influenciada pela variação do capital de giro. A companhia encerrou o terceiro trimestre com uma posição de caixa líquido ajustado de R$ 1,8 bilhão e uma posição de caixa total no valor de R$ 9 bilhões, considerando caixa e aplicações financeiras de R$ 2,1 bilhões e recebíveis de cartão de
crédito disponíveis de R$ 6,9 bilhões.

A margem bruta foi de 27,9%, um aumento de 3,2 p.p. em comparação com a margem bruta ajustada de 24,7% no terceiro trimestre de 2021. Esse aumento é reflexo do crescimento de 17,9% da receita de serviços, impulsionada pelas comissões do marketplace. Além disso, o repasse gradual da inflação de custos e do aumento da taxa de juros para o preço final dos produtos contribuiu para o aumento da margem bruta de mercadorias.

A companhia encerrou o terceiro trimestre com 1.430 lojas, sendo 1.048 convencionais, 237 virtuais e 145 quiosques (parceria com as Lojas Marisa e com a rede de supermercados Semar). Nesse trimestre, inaugurou 2 unidades e encerrou a operação de um quiosque. Nos últimos 12 meses, foram abertas83 novas lojas (17 na Região Sul, 52 no Sudeste, 2 no Centro Oeste, 10 no Nordeste e 2 no Norte). Da base total, 43% das lojas estão em processo de maturação.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 334,3 milhões, equivalentes a 3,8% da receita líquida, incluindo a consolidação das empresas adquiridas nos últimos 12 meses. De janeiro a setembro, as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 1 bilhão, equivalentes a 3,9% da receita líquida.

O TPV de Cartão de Crédito cresceu expressivos 23,7%, atingindo R$ 13,5 bilhões no período. As vendas dentro do Magalu para clientes do Cartão Luiza e do Cartão Magalu,
reconhecidos pela fidelidade e maior frequência de compra, foram de R$1,9 bilhão. O faturamento nos cartões de crédito fora do Magalu cresceu 32,0%, para R$ 11,6 bilhões. A carteira de cartão de crédito alcançou R$ 20,1 bilhões, um aumento de 32,6% em relação ao mesmo período de 2021.

A carteira vencida de 15 dias a 90 dias (NPL 15) representou apenas 3,4% da carteira total em set/22, uma variação de 1,3 p.p. em relação a set/21. A carteira vencida acima de 90 dias (NPL 90) foi de 9,2% em set/22, uma variação de 5,7 p.p. em relação a set/21.

Essa variação está relacionada ao crescimento acelerado da base de novos clientes e também ao processo de normalização dos indicadores de atraso, que estavam artificialmente baixos em função dos auxílios governamentais durante a pandemia..

As despesas de PDD líquidas de recuperação representaram 2,9% da carteira total. O índice de cobertura da carteira vencida foi de 148% em set/22. Vale destacar que o montante de provisões se manteve em patamares bastante conservadores, significativamente maiores que em set/21 e jun/22.