Lucro líquido da Energisa cresce 16,5% no 4° trimestre de 2022

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São Paulo, SP – A Energisa divulgou ontem o balanço do quarto trimestre de 2022, com lucro líquido de R$ 382,9 milhões, alta de 16,5% na comparação com o mesmo período de 2021. Em 2022, o lucro líquido fechou em R$ 2,42 bilhões, recuou de 13,7% em relação a 2021.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,55 bilhão, crescimento de 9,1% em relação ao último trimestre de 2021. A receita líquida consolidada foi de R$ 6,66 bilhões, queda de 6,3% na comparação com o mesmo período de 2021.

A receita operacional líquida consolidada, sem a receita de construção, atingiu R$ 5,35 bilhões, o que representa redução de 18% em relação ao registrado no mesmo período de 2021, influenciado, principalmente, pela menor tributação e a não aplicação das bandeiras tarifárias no segmento de Distribuição. No acumulado do ano, atingiu R$ 21 bilhões, redução de 9,7% em relação ao ano anterior.

A posição consolidada de caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras e créditos setoriais totalizou R$ 6,11 bilhões em 31 de dezembro, frente aos R$ 6,32 bilhões registrados em 30 de setembro de 2022.

Segundo a companhia, os referidos saldos incluem os créditos referentes à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC) e Conta de Compensação dos Valores da Parcela A (CVA), no montante positivo de R$ 163,7 milhões em 31 de dezembro, contra R$ 335 milhões em 30 de setembro de 2022.

Em 31 de dezembro, a dívida líquida, deduzida dos créditos setoriais, foi de R$ 22.181,9 milhões, contra R$ 21 bilhões em setembro e R$ 20,8 bilhões em junho de 2022.

A dívida líquida consolidada totalizou R$ 22,1 bilhões no final de dezembro, contra R$ 21 bilhões ao final do terceiro trimestre de 2022. A posição de caixa e equivalentes de dezembro era de R$ 5,94 bilhões e os créditos setoriais somaram R$ 163,7 milhões. Consequentemente, a relação dívida líquida por Ebitda ajustado (covenants) passou de 2,8x em setembro para 3,0x em dezembro de 2022. Os limites dos covenants para o ano de 2022 estão em 4,25 vezes. O total de dívida líquida, deduzidas de créditos setoriais, aumentou em R$ 1,08 bilhão em comparação a setembro de 2022.

A Energisa e suas controladas realizaram investimentos no montante de R$ 1,69 bilhão no quarto trimestre de 2022, 46% maior que o valor investido no mesmo período do ano anterior. Os maiores incrementos são advindos das empresas que passarão por revisão tarifaria em 2023 (EMS, EMT, ESE, EAC e ERO) e Alsol. No exercício, o investimento total foi de R$ 6,52 bilhões, 55,4% superior ao mesmo período do ano passado.

No quarto trimestre de 2022, o consumo total de energia elétrica (mercado cativo + livre) nas áreas de concessão das 10 distribuidoras do Grupo Energisa, atingiu 9.593,2 GWh, o que representa redução de 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale registrar que ante ao período pré-pandemia (quarto trimestre de 2019), o consumo agregado avançou 2,1%.

Em 2022, o consumo de energia elétrica no mercado cativo e livre (37.519,8 GWh) do Grupo Energisa apresentou um aumento de 1,4% no ano de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior. O mercado do Grupo cresceu em 7 dos 12 meses do ano. Vale destacar as concessões da região Norte, que foram beneficiadas pelo clima mais quente e por ampliação de cargas contratadas, e base baixa de comparação em 2021. A classe Comercial (+3,2%) e consumo de energia do Poder Público (+16,5%) puxaram 50% do incremento no resultado acumulado.

A taxa de inadimplência consolidada da Energisa, dos últimos 12 meses, foi de 1,37%, representando aumento de 0,46 ponto percentual em relação ao mesmo período do exercício anterior. Já a taxa de arrecadação em 12 meses consolidada do Grupo Energisa alcançou 96,92% no último trimestre de 2022, registrando 0,41 p.p. melhor que no mesmo período de 2021 (96,52%).

DIVIDENDOS

Com base nos resultados alcançados em 2022, a administração da Energisa destinou R$ 710 milhões para pagamento de dividendos (R$ 0,3482 por ação ordinária e preferencial ou R$ 1,741 por Unit) à conta do lucro líquido do exercício, já tendo sido pagos: em 30 de setembro de 2022, o valor de R$ 472,2 milhões (R$ 0,232 por ação ou R$ 1,16 por  nit). O
dividendo complementar no valor de R$ 325,7 milhões (R$ 0,16 por ação ordinária e preferencial ou R$ 0,80 por Unit) a ser pago em 30 de março de 2023, com base na posição acionária em 21 de março de 2023. Os dividendos totais do exercício representam 42,7% do lucro líquido da Controladora, ajustado pela reserva legal.