Lucro líquido da Caixa cresce 40,9% no segundo trimestre, a R$ 2,6 bilhões

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Foto: Divulgação/Caixa Econômica Federal

São Paulo – A Caixa divulgou ontem (16) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 2,6 bilhões, alta de 40,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro líquido recorrente foi de R$ 4,5 bilhões, alta de 3,2% em relação ao primeiro semestre de 2022.

A margem financeira foi de R$ 14,9 bilhões, alta de 16,7% na comparação anual. Já o resultado operacional fechou em R$ 2,7 bilhões, alta de 113,5% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

A carteira de crédito foi de R$ 1,062 trilhão, crescimento de 14,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento do saldo foi influenciado pelos crescimentos de 15% em crédito imobiliário, 5,3% em saneamento e infraestrutura, 9,6% em crédito comercial pessoa física, 11,8% em crédito pessoa jurídica, principalmente nos segmentos de micro e pequenas empresas e 60,5% em agronegócio.

O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente registrou 7,76% e o retorno sobre o ativo médio recorrente alcançou 0,58%, crescimentos de 0,68 p.p. e 0,03 p.p., respectivamente, em relação ao primeiro trimestre de 2023. Os ativos totalizaram R$ 1,726 trilhão, aumento de 15,5% em relação a junho de 2022, influenciado principalmente pelo aumento de 14,4% na carteira de crédito.

As receitas provenientes da carteira de crédito totalizaram R$ 30,7 bilhões, aumento de R$ 6,8 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Destacam-se os crescimentos, em 12 meses, de 19,1% em crédito imobiliário; 33,5% em crédito para pessoa física 135,8% em crédito ao agronegócio; 13,1% em saneamento e infraestrutura; e 34% em crédito para pessoa jurídica. Na comparação com o primeiro semestre de 2022, os destaques de crescimento foram as receitas da carteira imobiliária, com 26,2%; agronegócio, com aumento de 183,7%; comercial, com crescimento de 38%; e saneamento e infraestrutura com 17,1% de aumento.

As despesas com PCLD atingiram R$ 4,8 bilhões, aumento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre essas despesas totalizaram R$ 9,7 bilhões, crescimento de 24,9% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre deste ano, o saldo de PCLD correspondia a 4,7% do total da carteira de crédito, estável em relação aos trimestres anteriores.

O índice de inadimplência total foi de 2,79%, aumento 0,90 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2022. Tal crescimento foi motivado, principalmente, por evento com cliente específico ocorrido na carteira de saneamento e infraestrutura, que encerrou o trimestre com índice de inadimplência de 3,67%. Desconsiderando o evento de inadimplência, de um cliente específico em saneamento e infraestrutura, o índice seria de 2,46%.

O número de contas, poupança e corrente, de clientes alcançou 230,8 milhões, aumento de 7,5 milhões de contas em 12 meses. A Caixa tem 151,5 milhões de clientes, aumento de 2,5 milhões em 12 meses. Os saldos dos recursos de clientes totalizaram R$ 633,9 bilhões em junho de 2023, aumento de 10,0% em 12 meses.

As despesas administrativas totalizaram R$ 9,9 bilhões, aumento de 6,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, principalmente pelo aumento das despesas de pessoal, que apresentaram crescimento de 11,2% quando comparados com o segundo trimestre de 2022. Já as outras despesas administrativas tiveram redução de 2,5% na comparação trimestral.