Lucro líquido da Azul cresce 74,5% no 4° trimestre de 2023

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São Paulo, SP – A Azul divulgou hoje o balanço do quarto trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 403,3 milhões, alta de 74,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em 2023, o prejuízo chegou a R$ 700 milhões, 49,2% menor do que o
registrado em 2022.

Já o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 270,6 milhões, queda de 55,7% em relação ao prejuízo líquido ajustado registrado no último trimestre de 2022. Em 2023, o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 2,421 bilhões, queda de 9,2% em comparação ao prejuízo líquido ajustado de 2022.

O resultado operacional de R$ 883,2 milhões, alta de 68,3% na comparação com o mesmo
período do ano anterior, atingindo uma margem de 17,6%, 5,8 pontos percentuais a mais em relação ao 4T22. Em 2023, o lucro foi de R$ 2,899 bilhões, mais que o dobro registrado em 2022, que foi de R$ 1,135 bilhão.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês)
foi de R$ 1,467 bilhão, alta de 33,7% em relação ao último trimestre de 2022. Em 2023, o Ebitda foi de R$ 5,214 bilhões, alta de 61,4% em relação a 2022

A margem Ebitda alcançou 29,2%, alta de 4,5 pontos percentuais em relação ao mesmo
período de 2022. Em 2023, a margem Ebitda foi de 27,9%, alta de 7,6 pontos percentuais em comparação a 2022.

A receita líquida foi de R$ 5,030 bilhões, crescimento de 13% na comparação com o mesmo período do ano anterior, principalmente devido a um aumento robusto na receita de passageiros, apoiado pela forte contribuição de nossos outros negócios. A receita de carga e outros R$ 365,1 milhões, um aumento de 9,5% em comparação com o mesmo período de 2022. Em 2023, a receita líquida foi de R$ 18,694 bilhões, alta de 17,2% em relação a 2022.

A receita de passageiros aumentou 13,2% com 6,5% a mais de capacidade em comparação com o mesmo período de 2022. A receita total do ano atingiu um recorde histórico de R$ 18,7 bilhões, um aumento de 17,2% no ano, impulsionado pela recuperação total da demanda de passageiros corporativos e internacionais e pelo excelente desempenho de outros negócios.

A receita de carga e outros atingiu um recorde histórico de R$ 365,1 milhões no 4T23, 9,5% acima do 4T22, principalmente devido ao sólido desempenho da operadora de turismo Azul Viagens e ao crescimento de 11,8% na receita de carga doméstica.

O RASK e o PRASK atingiram um recorde de R$ 45,30 centavos e R$ 42,01 centavos, respectivamente, reflexo de “uma gestão racional da capacidade e pelas vantagens competitivas sustentáveis do modelo de negócios”. Em comparação com o 4T22, o RASK e o PRASK aumentaram 6,1% e 6,3% respectivamente.

No 4T23, as despesas operacionais foram de R$ 4,1 bilhões, 5,6% acima do 4T22, explicado principalmente pelo aumento de 6,5% na capacidade de passageiros, pela inflação de 4,5% no período e pelos investimentos feitos no trimestre para suportar o crescimento em 2024 e maximizar a disponibilidade da frota para aproveitar ambiente de demanda forte, compensado por uma redução de 17,3% no preço do combustível.

O tráfego de passageiros (RPK) aumentou 9,1% sobre o aumento da de capacidade de 6,5% no 4T23, resultando numa taxa de ocupação de 80,0%, 1,9 ponto percentual acima do 4T22. Para o ano de 2023, a capacidade aumentou 11,2%.

Em 31 de dezembro de 2023, a Azul tinha uma frota operacional de 183 aeronaves de passageiros e uma frota contratual de 189 aeronaves de passageiros, com uma idade média de 7,4 anos excluindo aeronaves Cessna. Ao final do 4T23, as 6 aeronaves não incluídas em nossa frota operacional de passageiros consistiam em 3 Embraer E1s subarrendados para a Breeze, e 1 ATR e 2 Embraer E1s em processo de saída da frota. A Azul terminou o 4T23 com aproximadamente 82% de sua capacidade proveniente de aeronaves de nova geração, consideravelmente superior a qualquer competidor na região.

Os investimentos líquidos totalizaram R$ 499,1 milhões no 4T23 principalmente devido à capitalização de eventos de manutenção de motores e à aquisição de peças de reposição no trimestre.

A dívida bruta diminuiu R$ 683,9 milhões no trimestre para R$ 23,185 bilhões, principalmente devido ao nosso processo contínuo de desalavancagem, com mais de R$ 1,6 bilhão em pagamentos de empréstimos, juros e arrendamentos durante o trimestre.

Em 31 de dezembro de 2023, o vencimento médio da dívida da Azul excluindo passivos de arrendamento e debêntures conversíveis era de 4,7 anos, com uma taxa de juros média de 11,0%. A taxa média de juros das obrigações denominadas em moeda local e em dólar era equivalente a CDI + 5% e 10,5%, respectivamente.

A alavancagem da Azul, medida como dívida líquida em relação ao EBITDA dos últimos doze meses, diminuiu 2 pontos inteiros em relação ao ano anterior, de 5,7x para 3,7x, e em linha com as perspectivas. Estamos confiantes em nossa capacidade de continuar reduzindo a alavancagem organicamente e prevemos encerrar 2024 com uma alavancagem de aproximadamente 3x, abaixo dos níveis pré-pandêmicos.

PROJEÇÕES

A companhia também divulgou projeções para 2024, com perspectiva de Ebitda de R$ 6,5 bilhões, acima da projeção anterior de R$ 6,3 bilhões. Segundo o relatório, a melhora previsão é resultado do ambiente robusto de demanda nos mercados doméstico e internacional e da evolução positiva dos preços dos combustíveis, juntamente com o crescimento esperado da capacidade e um maior número de aeronaves com baixo consumo de combustível entrando na frota.

A Azul espera uma alavancagem em torno de 3x ao final de 2024, resultado do aumento no EBITDA esperado para 2024 e da nossa capacidade de continuar reduzindo a alavancagem organicamente.

Por fim, a previsão para este ano é aumentar a capacidade em aproximadamente 11% em comparação com 2023. O crescimento esperado é impulsionado principalmente pela continuação do forte ambiente de demanda e da implementação de nossa estratégia de transformação de frota.