Lucro líquido ajustado da RaiaDrogasil recua 5,9% no 4° trimestre de 2023

163

São Paulo, SP – A RaiaDrogasil divulgou na noite de ontem (5) o balanço do quarto trimestre de 2023 (4T23), com lucro líquido ajustado de R$ 283,3 milhões, queda de 5,9% em relação ao mesmo período de 2022 (4T22). O lucro líquido ajustado totalizou o montante de R$ 1,104 bilhão em 2023, alta de 11,4% em relação a 2022. Sem ajuste, o lucro líquido foi de R$ 284,7 milhões, queda de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2022. Em 2023, o lucro líquido foi de R$ 1,150 bilhão, acima do valor registrado em 2022, que foi de R$ 1,029 bilhão.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 614,5 milhões, alta 2,5% em relação ao último trimestre de 2022. Em 2023, o Ebitda ajustado foi de R$ 2,603 bilhões, alta de 15,1% em comparação a 2022.

A margem Ebitda ajustada fechou em 6,4%, queda de 0,8 ponto percentual (p.p.) frente à margem registrada no mesmo período de 2022. Segundo o comunicado, a contração se deveu principalmente ao benefício pontual de 0,5 pp na base do 4T22, em função de ganhos de PIS/COFINS sobre insumos contabilizados no trimestre, mas referentes aos trimestres anteriores de 2022, e aos efeitos adversos combinados de 0,3 pp em função do mix e do DIFAL trazidos pela 4Bio. No varejo, com o menor crescimento de vendas verificada no trimestre, que já se normalizou no início de 2024, foi registrado uma margem
EBITDA de 6,6%. Excluindo os ganhos de PIS/COFINS sobre insumos de 2022, a margem comparável do varejo contraiu em 0,2 pp.

A receitas não recorrentes líquidas foi de R$ 69,7 milhões em 2023). Isso inclui R$ 9,8 milhões em investimentos sociais e doações (R$ 3,5 milhões no 4T23), R$ 38 milhões em baixas de ativos (R$ 38,6 milhões no 4T23), além de R$ 5,8 milhões em outros itens não recorrentes (R$ 2,2 milhões no 4T23).

As despesas financeiras líquidas representaram 1,5% da receita bruta em 2023 (1,0% no 4T23), um aumento de 0,2 pp em relação a 2022 (redução de 0,2 pp em relação ao 4T22). Dos R$ 550,5 milhões registrados em 2023 (R$ 94,5 milhões no 4T23), R$ 316,7 milhões correspondem aos juros efetivamente incorridos sobre o passivo financeiro (R$ 44,7 milhões no 4T23), correspondendo a 0,9% da receita bruta (0,5% no 4T23), um aumento de 0,1 pp em relação a 2022 (redução de 0,3 pp no 4T23), principalmente em função da taxa de juros SELIC. Registramos também R$ 192,5 milhões de despesas financeiras líquidas relacionados ao ajuste de AVP em 2023 (R$ 44,8 milhões no 4T23) e R$ 41,2 milhões relativos à reavaliação e aos juros da opção de compra das parcelas remanescentes das empresas investidas (R$ 4,9 milhão no 4T23).

A dívida líquida ajustada foi de R$ 2,766 bilhões, correspondente a um índice de alavancagem de 1,1x o EBITDA ajustado dos últimos 12 meses. A dívida líquida ajustada incorpora R$ 49,6 milhões em antecipações a fornecedores e R$ 98,2 milhões em obrigações relacionadas a opções de compra/venda de fatias remanescentes em empresas investida.

Ao final do trimestre, o endividamento bruto totalizou R$ 3,130 bilhões, dos quais 82,8% correspondem à emissão de Debêntures e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Os 17,2% restantes correspondem a outras linhas de crédito. Do endividamento total, 81% é de longo prazo e 19% se refere ao curto prazo. Encerramos o trimestre com uma posição de caixa total (caixa e aplicações financeiras) de R$ 412,3 milhões.

Por fim, em 2023, a companhia totalizou R$ 527,5 milhões em proventos (R$ 254,4 milhões no 4T23), sendo R$ 360,2 milhões em juros sobre capital próprio (R$ 87,1 milhões no 4T23) e R$ 167,3 milhões em dividendos (R$ 167,3 milhões no 4T23), refletindo um payout de 50% sobre o lucro líquido do ano (IFRS-16 da controladora). Cabe destacar que R$ 84,3 milhões dos dividendos estão sujeitos à aprovação pelos acionistas em Assembleia.

A companhia encerrou 2023 com um total de 270 novas farmácias inauguradas, 10 acima da projeção do início do ano e rigorosamente em linha com o guidance atualizado de novembro. Encerramos 14 unidades no ano, terminando com uma rede de 2.953 farmácias em operação. No último trimestre de 2023, foram inauguradas 87 novas filiais e 2 encerramentos. Ao final do período, um total de 26% das farmácias ainda estavam em processo de maturação, não tendo atingido todo o potencial de receita e de rentabilidade. A companhia reiterou o guidance de 280 a 300 novas unidades por ano, tanto para 2024 como para 2025.