Itaú BBA vê ações da Suzano e Klabin descontadas e recomenda compra

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Cultivo de eucalipto em indústria de celulose em Mucuri Foto: Amanda Oliveira/GOVBA

São Paulo – O Itaú BBA avalia que os preços das ações da Suzano e da Klabin estão distantes dos preços da celulose em reais e considera que as ações estão em um bom ponto de entrada nos múltiplos em que são negociadas atualmente.

Segundo a análise, enquanto o preço da celulose de fibra curta aumentou 50% no acumulado do ano (de US$ 576 por tonelada para US$ 864/t), e o real valorizou apenas 3% (considerando a cotação de R$ 5,39/US$), os preços das ações da Suzano e da Klabin caíram 29% no acumulado do ano.

Acreditamos que as preocupações dos investidores com uma possível correção nos preços da celulose estão parcialmente precificadas nos papéis e vemos um bom ponto de entrada para ambas as ações. Eles citam que os investidores avaliam que a commodity está próxima dos níveis de pico e preveem queda a partir do 4T22.

Segundo o Itaú, o múltiplo valor da empresa por tonelada (EV/t) de celulose da Suzano está um desvio padrão abaixo da média histórica do US$ 2.100/t e, com isso, a ação teria que se valorizar 25% para voltar à média.

O Itaú BBA tem recomendação de compra para as ações SUZB3 e KLBN11, com preço-alvo de R$ 63,00 (upside de 48,4%) e R$ 24,00 (+33%). Por volta de 11h52 (horário de Brasília), o papel da Suzano tinha ganho de 4,28% e era a principal alta do Ibovespa, a R$ 44,28, enquanto Klabin subia 1,99% a R$ 18,40.