IRB Brasil reverte prejuízo e tem lucro no 4° trimestre de 2023

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Foto divulgação: IRB Brasil Resseguros

São Paulo, SP – A IRB Brasil divulgou na quinta-feira (28) o balanço do quarto trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 37,9 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 38,8 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Em 2023, o lucro líquido foi de R$ 114 milhões em 2023, frente prejuízo de R$ 630 milhões no exercício anterior.

Segundo a companhia, o ano de 2023 foi marcado pela retomada do resultado positivo para, que, através da estratégia de revisão abrangente nos contratos e pulverização dos riscos, “resultou em uma carteira mais qualificada com maior rentabilidade. A companhia ressalto ainda que o resultado foi impactado positivamente tanto pelo resultado de underwriting (subscrição) quanto pelo resultado financeiro, ambos positivos.

O resultado de underwriting foi de R$ 105 milhões no 4T23, revertendo o resultado negativo de R$ 153 milhões no 4T22. O principal impacto foi decorrente da melhora de performance no Rural. Em 2023, o resultado de underwriting foi positivo de R$ 155 milhões, revertendo o resultado negativo de 2022, de R$ 1,449 bilhão, consolidando a recuperação na operação.

No 4T23, o resultado financeiro e patrimonial totalizou R$ 124,6 milhões, 18,6% inferior ao resultado do 4T22, impactado pelo resultado patrimonial, afetado no 4T22, pela venda da
participação no CasaShopping, que resultou em ganho patrimonial de R$52,9 milhões. Em 2023, o resultado financeiro e patrimonial foi de R$ 548,7 milhões, uma redução de 20,5% em relação a 2022. No primeiro semestre de 2022, obtivemos dois ganhos de ação judiciais, que sensibilizaram o resultado financeiro em R$ 150,2 milhões.

Mesmo diminuindo seu volume de prêmios emitidos em 17%, de R$ 7,9 bilhões para R$ 6,5 bilhões em 2023, o resultado de subscrição sai de um prejuízo de R$1,4 bilhão em 2022 para um lucro de R$ 155 milhões, em linha com a estratégia de revisão da carteira, pulverização de riscos e concentração de negócios no Brasil e na América Latina, evidenciando uma carteira mais qualificada e rentável.

A companhia teve renovação 83% dos contratos que tinha interesse em manter, “seguindo a estratégia de diluição de riscos e concentração no Brasil e na América Latina, onde o IRB
detém liderança e expertise”.

O total de prêmio emitido foi de R$ 1,575 bilhão, abaixo do resultado registrado no mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 1,789 bilhão. Em 2023, o total de prêmio emitido foi de R$ 6,521 bilhões, inferior aos R$ 7,892 bilhões registrado em 2022.

No Brasil, o total de prêmio emitido foi de R$ 1,305 bilhão, acima do R$ 1,244 bilhão do quarto trimestre de 2022. Em 2023, o prêmio total no Brasil foi de R$ 4,980 bilhões. Já no exterior, o total de prêmio emitido foi de R$ 270,3 milhões, inferior aos R$ 545 milhões
do mesmo período de 2022. Em 2023, o prêmio total no exterior foi de R$ 1,540 bilhão.

No 4T23, o sinistro retido total diminuiu 55,6% para R$ 591,2 milhões. O índice de sinistralidade passou de 93,8% para 55,2%, uma queda de 38,6 p.p., já demonstrando os efeitos da limpeza de carteira. No trimestre, houve uma operação de LPT (Loss Portfolio Transfer) referente à operação de Londres, já citada anteriormente, que tem efeito positivo de R$ 174 milhões na linha de sinistro e efeito redutor de R$ 165 milhões na linha de prêmio ganho. Excluindo-se o impacto do LPT, a sinistralidade seria de 62%.

A PSL reduziu 28,8% para R$ 693,6 milhões, em linha com a melhoria gradual da qualidade da carteira. O componente IBNR teve uma reversão de R$ 102 milhões comparado a uma constituição de R$ 357 milhões no 4T22, principalmente em função de constituição de PSL, com a consequente reversão de IBNR.

Em termos nominais, o sinistro retido no Brasil saiu de R$ 665 milhões no 4T22 para R$ 322 milhões no 4T23, uma queda de 51,6%. O índice de sinistralidade caiu 42,1 p.p., de 79,7% para 37,6%.

O sinistro retido no exterior apresentou redução nominal de 59,6% em relação ao 4T22, para R$ 269 milhões, um efeito da estratégia de limpeza da carteira. O índice de sinistralidade foi de 125,6% no 4T23, comparado a 113,9% no 4T22, ainda impactados pelos segmentos de Vida e Aviation, de contratos não-renovados.

O índice de sinistralidade total, neste período, apresentou uma queda de 38,6p.p. em relação ao 4T22, ficando em 55,2%, comparado a 93,8% no ano anterior. Em 2023, o sinistro retido total foi de R$ 2,906,8 bilhões, um decréscimo de 45,3% em relação a
2022. O índice de sinistralidade total nesse período apresentou uma melhora de 34,2 p.p.,
alcançando 70,0% em 2023, comparado a 104,3% em 2022.