Inflação está melhorando mas sua queda ainda é lenta, diz presidente do Banco Central

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Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, participa da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal, em Brasília. (Foto: Raphael Ribeiro/BCB)

São Paulo – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse hoje que a inflação no Brasil está melhorando, mas ponderou que esse ritmo ainda é lento, especial no caso dos núcleos que compõem o índice.

“Brasil vai bem na [composição] da inflação cheia (…) Tirando energia e alimentos a inflação ainda é persistente no Brasil”, disse Campo Neto durante uma apresentação em seminário a cooperativas na cidade de Guaxupé (MG).

Ele ainda voltou a defender o papel do Banco Central na luta contra a inflação, e destacou que a subida de juros foi necessária para conter a alta de preços.

“A inflação subiu e o Banco Central identificou rapidamente e subiu os juros mesmo em ano de eleições. Subiu o ano inteiro e só parou em agosto”, disse o presidente do BC. “Se isso não fosse feito a projeção é de que a inflação estaria [hoje] em 12 e 13%”.

Campos Neto ainda comparou os índices de inflação do Brasil com outros países, alertando a situação da economia brasileira está com melhor desempenho do que as nações desenvolvidas, apesar de ressaltar que no longo prazo a inflação ainda preocupa.

“É a primeira vez na história que o Brasil tem uma inflação muito menor do que a média do mundo desenvolvido (…) O Brasil está com uma performance muito melhor do que o mundo desenvolvido. Muitos países estão olhando para o Brasil e ainda temos um problema de expectativa de inflação para longo prazo”, acrescentou.