IGP-M desacelera, mas sobe mais que o esperado em outubro

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Foto: Svilen Milev / freeimages.com

São Paulo, 29 de outubro de 2020 – O Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 3,23% em outubro, desacelerando-se em relação à alta de 4,34% apurada em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de +3,15%. Com isso, o IGP-M acumula altas de 18,10% no ano e de 20,93% em 12 meses – número que também ficou acima do esperado, de +20,72%.

A abertura do dado mostra que, em base mensal, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou-se em relação à alta de 5,92% no mês passado e avançou 4,15% neste mês; ao passo que o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) intensificou o ritmo de alta e subiu 0,77% em outubro, de +0,64% em setembro, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de +1,15% para +1,69%, no mesmo período.

Em relação aos subgrupos do IPA, nos estágios, o índice relativo aos bens finais manteve o ritmo de alta e subiu 2,84% em outubro, ante alta de 2,83% em setembro, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de +0,34% no mês passado para +9,28% neste mês.

Em bens intermediários, houve alta de 3,74%, ante +4,05%, no mesmo período, enquanto as matérias-primas brutas reduziram o ritmo de alta, indo de +10,23% para +5,55%. Já nos itens de origem, o IPA agrícola desacelerou a alta de 9,41% no mês passado para +8,44% neste mês, enquanto o IPA industrial passou de +4,62% para +2,48%, no período.

Entre os subgrupos do IPC, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo nas taxas de variação de preços. A principal contribuição veio do grupo Educação, Leitura e Recreação (1,73% para 3,10%), sendo que nessa classe de despesa, merece destaque para o comportamento dos itens passagem aérea (23,74% para 34,21%).

No componente do INCC, o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 3,37% neste mês, de +2,40% no mês passado, enquanto o índice que mede o custo da mão de obra passou de +0,06% para +0,19%.