Goldman Sachs vê chance da Petrobras pagar até US$ 7 bi em dividendos extraordinários e ação sobe

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Foto: Sergey Klimkin / freeimages.com

São Paulo – A diretoria da Petrobras reiterou a sua política de dividendos trimestrais e mencionou que o dividendo extraordinário deve ser pago apenas uma vez por ano, provavelmente quando reportarem os resultados do 4T23 e do ano fiscal de 2023, programados para 7 de março. A informação foi dada durante o “Deep Dive Petrobras, encontro realizado em Nova Iorque nos dias 30 e 31 de janeiro, para detalhar o plano estratégico 2024-2028 da companhia para investidores internacionais.

Em relatório sobre a reunião, o Goldman Sachs disse que vê espaço para um anúncio de até US$ 7 bilhões, embora reconheça que o valor a ser pago poderá ser menor dependendo de quão conservadora a administração da empresa será na gestão de caixa. Os analistas do banco também pontuaram que a Petrobras esclareceu como gerencia o risco financeiro: seu modelo analisa prospectivamente os riscos em torno dos principais fatores como o preço do petróleo e o nível de produção, entre outros, para determinar quanto dinheiro que a empresa precisa reter. Por fim, a administração reiterou que a criação da reserva para dividendos foi uma forma de melhor adequar os dividendos aos fluxos de caixa, em oposição a um pagamento baseado apenas no lucro líquido.

Em relação ao refino e à estratégia de precificação dos combustíveis, o Goldman comentou que a empresa avalia que o nível recente de utilização da capacidade (~93%) é sustentável e deve ser uma boa referência para o futuro. A companhia pretende manter a utilização significativamente acima dos níveis históricos, pois acreditam que esta é a melhor maneira de gerar retornos mais elevados e aumentar a participação de mercado em relação à estratégia anterior. Finalmente, reiteraram que não veem a paridade dos preços de importação como a melhor abordagem em relação ao preço dos combustíveis.

Além disso, o Goldman Sachs considera a meta da Petrobras de manter a produção estabilizada em torno de 2,2 milhões de barris por dia nos próximos anos “muito conservadora”, e projeta uma produção de aproximadamente 2,3 milhões de barris por dia em 2024.

“Continuamos classificados como ‘compra’ e vemos espaço para um dividendo extraordinário em 7 de março junto com o relatório do 4T23”, acrescentou. O Goldman Sachs tem preços-alvo de 12 meses para PETR3, PETR4 e PBR/PBR__A de R$ 45,10, R$ 41,00, US$ 18,30 e US$ 16,60, baseados em múltiplo de 3,3x 12m-fwd EV/EBITDA.

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam em alta de 2,08% e 2,42% na Bolsa brasileira, respectivamente, a R$ 43,04 e R$ 41,43.