São Paulo – O acompanhamento diário da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou, nesta segunda-feira, que o litro da gasolina e do diesel nas principais refinarias do País estavam 3% mais altos, em média, que o preço no exterior, ante 8% (R$ 0,20) e 4% (R$ 0,15), em média, respectivamente, na última sexta-feira (17). O parâmetro usado para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros é preço praticado no Golfo do México. No caso da gasolina, a variação de hoje representa R$ 0,08, em média, mais caros, e no diesel, R$ 0,11, em média.
Ainda conforme a medição de hoje da Abicom, a variação nos polos operados pela Petrobras, por sua vez, indicou que o preço da gasolina estava 2% (R$ 0,04), em média, acima do preço no exterior, ante 6% acima (R$ 0,16) acima na sexta-feira (17), enquanto o preço médio do diesel nos mesmos polos estava 4% (R$ 0,15) acima da paridade internacional, de 5% (R$ 0,19) mais caro, em média, na mesma base de comparação.
O PPI foi calculado pela Abicom usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado de sexta-feira (17).
“Apesar da estabilidade no câmbio os preços de referência do óleo diesel, a gasolina apresentou valorização no mercado internacional no fechamento de sexta, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para gasolina”, comentou a Abicom, no relatório desta sexta-feira.
A medição de hoje ocorreu 31 dias após a vigência do aumento linear médio de R$ 0,25 por litro no diesel S10 e da redução de R$ 0,12 por litro na gasolina, pela Petrobras, em 21 de outubro. Na última quarta (15), a Acelen, no Polo Aratu-BA, reduziu o preço do óleo diesel A em R$ 0,1669 por litro e aumentou o preço da gasolina A em R$ 0,1362 por litro. Com isso, os preços médios do óleo diesel, exceto em Aratu, operam acima da paridade nos demais polos analisados, assim como os da gasolina, exceto Araucária e Paulínia.
A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, fechou na sessão de sexta (17) operando em patamar elevado (no fechamento, em R$ 4,88) e pressionando os preços domésticos dos produtos importados, acrescentou a associação.
A entidade também registrou que a oferta apertada do petróleo segue pressionando os preços futuros da commodity.