Focus reduz previsão de inflação e dólar em 2023; estimativa de déficit primário é elevada

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Edifício-sede do Banco Central em Brasília. (Foto: Divulgação/BC)

São Paulo, 18 de dezembro de 2023 – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus reduziram de 4,51% para 4,49% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A meta para a inflação no período é de 3,25%.

A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – aumentou de 9,11% para 9,22%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado  (IGP-M) manteve-se em -3,46%.

Para 2024, as instituições financeiras mantiveram em 3,93% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.

A previsão de inflação nos preços administrados em 2024 diminuiu de 4,41% para 4,36%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M manteve-se em 4,09%.

As instituições mantiveram em 2,92% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2024 ficou estável em 1,51%.

O BC estima que a economia brasileira crescerá 2,9% em 2023, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em setembro.

A pesquisa Focus manteve a estimativa de 0,25% para a taxa Selic ao final de 2024. Em 2023, a Selic ficou em 11,75% ao ano.

A projeção para a taxa de câmbio em 2023 diminuiu de R$ 4,95 para R$ 4,93 por dólar, enquanto a estimativa para 2024 manteve-se em R$ 5,00 por dólar. Há quatro semanas, a previsão para 2021 era de R$ 5,00, enquanto a previsão para 2024 estava em R$ 5,05

As instituições elevaram a previsão de déficit primário em 2023 para 1,30% do Produto Interno Bruto (PIB), de 1,20% na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros. Para 2024, as instituições elevaram a previsão de déficit primário  para 0,80% do PIB, de 0,76% na semana passada.

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