Empresas pedem protagonismo do Brasil em economia de baixo carbono

549
Foto: Mauro Bertolini / freeimages.com

São Paulo – O documento “Empresários pelo Clima”, assinado por mais de 100 empresas e 10 entidades setoriais, defende medidas para uma economia de baixo carbono e o protagonismo do Brasil nas negociações relacionadas. A iniciativa é liderada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e será entregue na Conferência sobre o Clima (COP-26), em novembro, na Escócia.
“Uma transição célere para o baixo carbono é possível e desejada pelo setor produtivo brasileiro”, afirma o documento, que cita estudo recente, apoiado pelo CEBDS, que calcula ser possível reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em até 42% no Brasil já em 2025, em relação aos níveis de 2005.
O documento destaca as “vantagens comparativas extraordinárias” do país “na corrida para alcançar uma economia de emissões líquidas de carbono neutras”, citando os recursos naturais e sociais e defende o desenvolvimento de um arcabouço político-regulatório que apoie essa trajetória dentro de um compromisso com ações eficazes para a preservação do meio ambiente e o cumprimento das metas de combate ao desmatamento ilegal.
“Essa é uma oportunidade única do Brasil ser competitivo e melhorarmos as condições de vida da população, alinhados com as novas prioridades em torno das quais o mundo está se movimentando”, diz o texto.
A carta destaca que as empresas no Brasil já vêm adotando medidas para a redução e compensação das emissões de gases causadores do efeito de estufa (GEE), precificação interna de carbono, descarbonização das operações e cadeias de valor, investimentos em tecnologias verdes e estabelecimento de metas corporativas ambiciosas de neutralidade climática até 2050.
Entre as empresas que assinam o documento estão algumas que compõem o índice Ibovespa, como B3, BRF, Bradesco, JBS, Braskem, Carrefour, Cosan, Energisa, Engie, Eneva, Ultrapar, Ipiranga, Klabin, Lojas Renner, Marfrig, Natura, Grupo Notre Dame Intermédica, Suzano, Vivo (marca da Telefônica Brasil) e entidades como Abag, Abal, Abdib, Abimaq, por exemplo.