Déficit nominal cai 44,1% em março em base anual, a R$ 44,5 bilhões

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São Paulo – O setor público consolidado – que inclui governo central, administrações regionais e as estatais – registrou déficit nominal de R$ 44,5 bilhões em março, uma redução de 44,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central.

Levando em consideração apenas o governo central, o déficit nominal atingiu R$ 42 bilhões, uma queda de 42,3% em relação a março de 2020. O resultado reflete déficit de R$ 30 bilhões no governo federal (-32,8%) e saldo negativo de R$ 12,1 bilhões no Banco Central(-57,3%).

O resultado nominal dos governos regionais foi um déficit de R$ 1,96 bilhão, composto por um saldo negativo de R$ 1,71 bilhão nas administrações estaduais e por um déficit de R$ 256 milhões nos governos municipais. Em relação a março de 2020, houve redução de 70% no saldo negativo das administrações regionais, queda de 65,3% no déficit dos governos estaduais e diminuição de 84,3% no resultado negativo dos municípios.

No caso das empresas estatais, o déficit nominal chegou a R$ 555 milhões, crescimento de 68,2% em relação a março de 2020, refletindo superávit de R$ 482 milhões nas estatais federais, ante déficit de R$ 159 milhões um ano antes, saldo negativo de R$ 1,1 bilhão nas empresas estaduais (+441,3%), e superávit de R$ 21 milhões nas municipais (-12%).

RESULTADO PRIMÁRIO

O resultado primário do setor público – que desconsidera as despesas com os juros da dívida pública – foi um superávit de R$ 5 bilhões em março, ante déficit de R$ 23,7 bilhões no mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central.

Levando em consideração apenas o governo central, o superávit primário atingiu R$ 3,9 bilhões, ante déficit de R$ 21,4 bilhões em março de 2020. O resultado reflete resultado positivo de R$ 24 bilhões no governo federal, ante déficit de R$ 2,6 bilhões um ano antes, e saldo negativo de R$ 40 milhões no Banco Central, comparado a superávit de R$ 123 milhões um ano antes. Também inclui um déficit de R$ 20 bilhões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – alta de 5,9% em base anual.

O resultado primário dos governos regionais foi um superávit de R$ 1,1 bilhão, composto por saldos positivos de R$ 957 milhões nas administrações estaduais e de R$ 139 milhões nos governos municipais. Em relação a março de 2020, houve reversão do déficit de R$ 2,7 bilhões das administrações regionais, inversão do déficit de R$ 1,4 bilhão dos governos estaduais e reversão do resultado negativo de R$ 1,3 bilhão dos municípios.

No caso das empresas estatais, o déficit primário chegou a R$ 53 milhões, ante superávit de R$ 405 milhões em março de 2020, refletindo superávit de R$ 506 milhões nas estatais federais (ante R$ 4,6 milhões um ano antes), saldo negativo de R$ 586 milhões nas empresas estaduais, comparado a superávit de R$ 350 milhões um ano antes, e superávit de R$ 27 milhões nas municipais (-45,7%).