Déficit nas transações correntes fica em R$ 5,1 bi em janeiro, aponta BC

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São Paulo, 6 de março de 2024 – As transações correntes do balanço de pagamentos foram deficitárias em US$5,1 bilhões em janeiro de 2024, redução de US$3,9 bilhões ante o déficit de US$9,0 bilhões em janeiro de 2023. Na comparação interanual, o saldo comercial aumentou US$3,5 bilhões; o déficit em serviços cresceu US$882 milhões; e o déficit em renda primária diminuiu US$1,2 bilhão. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em janeiro de 2024 somou US$24,7 bilhões (1,12% do PIB), ante US$28,6 bilhões (1,31% do PIB) no mês anterior e US$49,9 bilhões (2,52% do PIB) em janeiro de 2023. As informações são do Banco Central (BC).

 

A balança comercial de bens registrou superávit de US$4,4 bilhões em janeiro de 2024, ante superávit de US$884 milhões em janeiro de 2023. As exportações de bens totalizaram US$27,3 bilhões e as importações de bens, US$23,0 bilhões, incrementos de 18,7% e 3,7% em comparação a janeiro de 2023.

 

O déficit na conta de serviços totalizou US$3,3 bilhões em janeiro de 2024, aumento de 36,8% em relação a janeiro de 2023. As despesas líquidas com serviços de telecomunicação, computação e informações somaram US$829 milhões em janeiro de 2024, ante US$183 milhões ocorridos em janeiro de 2023. A conta de transportes registrou despesas líquidas de US$1,3 bilhão, recuo de 3,5% relativamente a janeiro de 2023. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos totalizaram US$795 milhões, aumento de 9,5% na comparação com janeiro de 2023. As despesas líquidas em viagens internacionais somaram US$479 milhões, diminuição de 25,3%, com aumentos de 32,6% (para US$801 milhões) nas receitas e de 2,8% nas despesas (US$1,3 bilhão).

 

O déficit em renda primária somou US$6,3 bilhões em janeiro de 2024, redução de 16,4% comparativamente ao déficit de US$7,5 bilhões em janeiro de 2023. As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$2,5 bilhões, ante US$4,0 bilhões em janeiro de 2023. O menor déficit deveu-se fundamentalmente ao aumento das receitas brutas de lucros e dividendos, que totalizaram US$2,7 bilhões em janeiro de 2024, comparativamente a US$1,4 bilhão em janeiro de 2023. As despesas líquidas com juros somaram US$3,9 bilhões, aumento de US$305 milhões em relação ao valor de US$3,6 bilhões ocorrido em janeiro de 2023.

 

Os investimentos diretos no país (IDP) registraram ingressos líquidos de US$8,7 bilhões em janeiro de 2024, ante US$6,5 bilhões em janeiro de 2023. Houve ingressos líquidos de US$6,7 bilhões em participação no capital e de US$2,1 bilhões em operações intercompanhia. O IDP líquido acumulado em 12 meses totalizou US$64,2 bilhões (2,92% do PIB) em janeiro de 2024, ante US$62,0 bilhões (2,85% do PIB) no mês anterior e US$77,1 bilhões (3,90% do PIB) em janeiro de 2023.

 

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de US$3,5 bilhões em janeiro de 2024, com saídas líquidas de US$802 milhões em ações e fundos de investimento e ingressos líquidos de US$4,3 bilhões em títulos de dívida. Nos doze meses até janeiro de 2024 os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$7,9 bilhões.

 

No mercado externo, o Tesouro Nacional emitiu US$4,5 bilhões em títulos de longo prazo, dos quais US$2,25 bilhões referentes ao Global 2034 e US$2,25 bilhões referentes ao Global 2054.

 

Reservas internacionais

 

As reservas internacionais somaram US$355,1 bilhões em janeiro de 2024, incremento de US$32 milhões em relação ao mês anterior. As receitas de juros totalizaram US$679 milhões. Houve contribuição positiva de variações por preços, US$211 milhões, e negativa de variações por paridades, US$1,0 bilhão.

 

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