Comissão Europeia prevê queda de 7,8% no PIB da eurozona em 2020

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Foto: União Europeia (UE)

São Paulo – A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), prevê contração menor para o Produto Interno Bruto (PIB) da eurozona este ano, destacando que a fase inicial da recuperação econômica da pandemia do novo coronavírus foi rápida em materializar-se.

A previsão para a contração da economia da eurozona neste ano passou para 7,8%, ante projeção anterior de queda de 8,7%, divulgada em junho. Para o ano que vem, a projeção de crescimento caiu de 6,1% para 4,2%, enquanto para 2020 a previsão é de avanço de 3,0%.

“A incipiente recuperação da economia europeia foi interrompida pelo ressurgimento da pandemia de covid-19, o que significa que a incerteza em torno das perspectivas permanece particularmente alta”, segundo a Comissão.

Segundo o relatório, após um aperto significativo no quarto trimestre de 2020, o rigor das medidas restritivas devido à pandemia deve diminuir gradualmente em 2021 e 2022, enquanto permanecem incertezas sobre a futura relação comercial entre o Reino Unido e a UE.

“Espera-se que o crescimento seja retomado, mas a recuperação permanecerá incompleta, com divergências entre países”, de acordo com a Comissão Europeia.

Com relação à taxa de inflação, a UE manteve suas projeções para este ano em 0,3% e em 1,1% para o ano que vem, e prevê a taxa em 1,3% em 2002. “A suposta estabilização dos preços do petróleo gerará um efeito de base positivo em 2021, mas o núcleo da inflação, embora com alguma aceleração, deve permanecer subjugado”, segundo a Comissão.

“No geral, pressões de baixa sobre os preços devem dominar, na medida em que a demanda fraca, a folga do mercado de trabalho e a recente valorização do euro devem mais do que compensar as pressões de alta causadas por interrupções do lado da oferta”.

Já a taxa do do déficit da zona do euro deve aumentar significativamente, cerca de 8 ponto percentual (pp), para 8,75% do PIB este ano, refletindo as consideráveis medidas fiscais postas em prática para proteger as famílias e empresas dos impactos da pandemia. A orientação fiscal deverá ser fortemente expansionista em 2020.