Bolsonaro reúne equipe para decidir reforma ministerial devido às eleições

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Imagem do Congresso Nacional em Brasília
Congresso Nacional. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

BRasília – Pelo menos nove ministros vão deixar o governo no fim deste mês para disputar as eleições de outubro. Em reunião nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro acertou a saída dos auxiliares, priorizando as candidaturas para o Senador Federal, onde pretende ter uma bancada forte no eventual segundo mandato, e para os governos estaduais. Antes do encontro, os ministros e Bolsonaro participaram do hasteamento das bandeiras, no Palácio da Alvorada.
O prazo final para desincompatibilização é dia 2 de abril, segundo calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Porém Bolsonaro já havia anunciado que pretende fazer a reforma ministerial no próximo dia 31 de março.
Devem deixar o governo: o ministro do Turismo, Gilson Machado, candidato ao Senado por Pernambuco; o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que concorrerá ao governo de São Paulo; a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul; o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte; o ministro do Trabalho e da Previdência, Onyx Lorenzoni, que concorrerá ao governo do Rio Grande do Sul; o ministro da Cidadania, João Roma, que concorrerá ao governo da Bahia; a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, candidata ao Senado pelo Amapá; e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, candidata ao Senado pelo Distrito Federal.
Outro que deve sair é o ministro da Defesa, Braga Neto, potencial candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro. O vice-presidente Hamilton Mourão deve concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Sul, mas, pela legislação eleitoral, não precisa deixar o cargo.
A Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar 64/1990) prevê que o vice-presidente, vice-governador e vice-prefeito poderão disputar outros cargos, preservando os seus mandatos, desde que, nos seis meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular.
Nos próximos dias, Bolsonaro vai definir os substitutos. Dentro do governo há quem defenda a promoção dos secretários-executivos, mas aliados do presidente querem fazer indicações para os cargos vagos.