BofA mantém recomendação neutra para Ambev e corta preço-alvo

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Cervejaria da Ambev/Divulgação

São Paulo – O Bank of America tem classificação neutra para Ambev, embora espere que a companhia registre um forte crescimento do ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2023 e 2024 impulsionado principalmente por margens mais altas em Cerveja Brasil e uma recuperação nas margens de Caribe e America CentraL. O BofA também ajustou preço- alvo de para R$ 16 nas estimativas de capex de longo prazo.

Segundo os analistas, os custos da cerveja no Brasil devem subir de médio para alto em 2023 e cair em 2024, após quatro anos de inflação de dois dígitos devido ao real mais fraco e à alta dos preços das commodities.

Enquanto isso, as iniciativas de receita da empresa (mix premium, direto ao consumidor, BEES) devem permitir que a empresa continue a aumentar o preço/mix. Finalmente, o recente pedido de Petrópolis de recuperação judicial poderia eventualmente melhorar o lucro do setor.

Assim, o banco revisou a estimativa de ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2023 de R$ 25,6 bilhões e o elevou em 5% em 2024 para R$ 30,7 bilhões.

Por outro lado, os riscos para o Lucro Líquido voltaram a estar em destaque, principalmente associados aos benefícios fiscais. Assim, mantemos nosso rating Neutro, mas estamos ajustando nosso preço- alvo de para R$ 16 nas estimativas de capex de longo prazo.

POLITICAS FISCAIS

Na semana passada, o ministro da Fazenda brasileiro anunciou o novo quadro fiscal, que, segundo economistas do BofA, provavelmente requer um aumento na arrecadação de impostos à frente. Medidas específicas ainda são desconhecidas, mas podem incluir o fim dos juros sobre o capital próprio e redução do impacto dos subsídios no pagamento do imposto de renda. “Se aprovadas, as duas medidas podem ser impactantes para a Ambev.”