Banco Mundial prevê que economia da China crescerá 8,5% este ano

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São Paulo – O Banco Mundial prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da China crescerá 8,5% este ano e 5,4% em 2022, citando que a recuperação se ampliou à medida que a atividade econômica continuou a se normalizar após os impactos da pandemia de covid-19, mas alguns riscos permanecem.

“A melhoria na confiança dos consumidores e das empresas e melhores condições do mercado de trabalho apoiarão uma mudança em direção à demanda doméstica privada proveniente do investimento público e das exportações”, segundo o Banco Mundial, em relatório.

Do lado da oferta, a expectativa é de que os motores do crescimento econômico façam uma transição gradual da produção industrial para os serviços.

“Os riscos para as perspectivas econômicas da China estão amplamente equilibrados”, diz o documento. “Por outro lado, os repetidos surtos de covid-19 podem interromper a atividade econômica, apesar dos esforços para suprimir a disseminação do vírus”.

Além disso, “tensões bilaterais com os principais parceiros comerciais e riscos de estabilidade financeira associados à alta alavancagem corporativa e mercados imobiliários inflacionados também podem prejudicar as perspectivas de crescimento”.

A China também enfrenta desafios de médio prazo, incluindo desafios demográficos, desaceleração do crescimento da produtividade, alto nível de desigualdade e vulnerabilidades sociais remanescentes e uma estrutura de produção intensiva em carbono. “Apesar de uma forte recuperação econômica, alguns desses desafios foram exacerbados pela covid-19”.

Por fim, o Banco Mundial alerta que a China poderia alcançar um crescimento de alta qualidade com reformas como um sistema tributário mais progressivo. “Reformas estruturais, como a melhoria do acesso ao mercado, inclusive em setores de serviços relativamente fechados, também ajudariam a aumentar a concorrência”.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 18,3% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, após a alta de 6,5% no quarto trimestre de 2020, segundo dados são do departamento oficial de estatísticas do país.