Banco central da Coreia do Sul mantém taxa básica de juros em 1,25%

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São Paulo – O Banco da Coreia (BoK), banco central da Coreia do Sul, manteve a taxa básica de juros do país em 1,25%, depois de realizar dois cortes em 2019. Segundo o órgão, a desaceleração econômica do país se suavizou, houve uma elevação no consumo e no número de pessoas empregadas, embora o investimento em construção de imóveis e as exportações continuem a diminuir, refletindo as instabilidades globais atuais.

O BoK destacou que a inflação subiu para faixa entre zero e 1% devido a baixas nos preços de bens agropecuários e a altas nos valores do petróleo. Para o banco, em 2020 o índice irá crescer até a faixa de 1%, com o núcleo da inflação (que exclui os preços de alimento e energia) ficando próximo a zero, o que continua de acordo com as projeções feitas pelo
conselho do BoK em novembro de 2019.

Segundo o documento divulgado pelo banco central, “o Conselho conduzirá uma política monetária para garantir que a recuperação do crescimento econômico continue e a inflação dos preços ao consumidor possa ser estabilizada na meta inflacionária, em médio prazo, prestando atenção à estabilidade financeira”.

Para o conselho do BoK, espera-se que o “crescimento econômico doméstico seja moderado e se prevê que as pressões inflacionárias no lado da demanda permaneçam em um nível baixo”. Com isso, “o Conselho manterá sua postura acomodatícia de política monetária. Nesse processo, ele julgará se deve ajustar o grau de acomodação da política monetária, enquanto monitora cuidadosamente os desenvolvimentos nas disputas comerciais globais, as economias dos principais países, a tendência de aumento da dívida das famílias e os riscos geopolíticos”.

Segundo analistas, a decisão já era esperada pela maior parte do mercado, com apenas dois membros do conselho discordando da escolha. Apesar da escolha de colocar no comunicado que irá observar o cenário para ver se  fará ou não mais ajustes na política acomodatícia, especialistas do Société Générale dizem não esperar mais cortes este ano.

“O presidente do BoK, Lee Ju-yeol, deu apenas respostas vagas a perguntas sobre possíveis esforços do banco para acomodar o mercado imobiliário, o que nos leva a concluir que seria difícil para o BoK implementar um afrouxamento monetário adicional. Ele também confirmou a objeção do BoK a uma política de taxa de juros de zero, e suspeitamos que o BoK não siga a tendência do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano)”, afirmaram.