Yellen pede inclusão de cláusulas de desastre em acordos de dívida do Banco Mundial para países ameaçados

685

São Paulo – Durante a Cúpula para um Novo Pacto de Financiamento Global, em Paris, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, enfatizou a necessidade de o Banco Mundial adicionar cláusulas de desastre aos acordos de dívida firmados com países de baixa renda.

“Gostaríamos que o Banco Mundial oferecesse aos tomadores de empréstimo a opção de adicionar cláusulas de dívida resilientes às mudanças climáticas em seus contratos de empréstimo. Essas cláusulas ajudariam a aliviar as pressões sobre os países em caso de um desastre natural”, disse Yellen durante uma coletiva de imprensa.

Segundo Yellen, essa medida é necessária devido ao aumento da frequência e intensidade dos desastres naturais causados pelas mudanças climáticas. A inclusão de cláusulas de desastre nos acordos de dívida permitiria uma resposta mais ágil por parte dos países de baixa renda, proporcionando-lhes maior flexibilidade financeira para lidar com os impactos adversos.

Janet Yellen também ressaltou a necessidade de o Banco Mundial desenvolver uma estrutura e princípios para o uso direcionado de recursos concessionais, garantindo que o financiamento seja aplicado onde terá o maior impacto. “Devemos trabalhar para desenvolver uma estrutura que permita o uso direcionado de recursos concessionais, a fim de que o financiamento para lidar com os desafios globais seja implantado onde terá maior impacto”, afirmou.

A secretária do Tesouro dos EUA destacou a importância de criar um mecanismo que permita a alocação de recursos adicionais aos países que buscam financiamento para enfrentar problemas globais. “Devemos explorar a criação de um mecanismo que aloque recursos adicionais aos países que buscam financiamento para enfrentar os desafios climáticos e de desenvolvimento”, sugeriu.

Durante a cúpula, os Estados Unidos estabeleceram três prioridades: a evolução dos bancos de desenvolvimento multilateral, buscando uma expansão de financiamento de qualidade; a promoção da estabilidade macroeconômica e sustentabilidade da dívida; e a mobilização de capital público e privado para enfrentar os grandes desafios globais.