XP vê com otimismo anuncio de Miguel Setas como CEO da CCR por sua experiência em infraestrutura

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CCR/Foto Divulgação

São Paulo – A XP Investimentos vê como positivo o anúncio de Miguel Setas como seu novo CEO porque o executivo tem grande e positiva experiência global em segmentos de infraestrutura regulada. Além disso, na visão da XP, o anúncio marca o fim de uma situação de overhang desde que Marco Cauduro deixou a CCR em agosto passado e é um bom presságio para as recentes melhorias nos padrões de governança corporativa e gestão da CCR.

Os analistas estão otimistas porque além do forte histórico de infraestrutura de Setas, o comunicado marca o fim de uma busca de sete meses desde que Marco Cauduro surpreendeu o mercado ao deixar a empresa.

A XP diz, ainda, que acha provável que a CCR dê continuidade para melhores padrões de governança e gestão. “Acreditamos que a CCR desenvolveu recentemente uma cultura corporativa mais forte e um planejamento estratégico voltado para o cliente”, diz análise.

“Embora, a nosso ver, isso faça parte do legado de 2 anos de Cauduro (e ocorreu em meio a Itaúsa/Votorantim substituindo a Andrade Gutierrez no bloco de controle da CCR), notamos que Waldo Perez (CFO) também desempenhou um papel importante na gestão financeira voltada para o retorno total ao acionista e liderando a CCR como seu CEO interino desde agosto passado.”

Opiniões coletadas pelos analistas dão conta de que o feedback é positivo, o que sugere boa reação do preço das ações nas próximas sessões. Por volta das 12h55 (horário de Brasília), no entanto, CCRO3 registrava recuo de -0,59% a R$ 11,73.

Entre os principais pontos positivos na visão da XP estão alocação de capital em transmissão e programas de recompra de ações e forte perfil institucional, que deve auxiliar o relacionamento com o mercado e a agenda de comunicação da CCR.

Já entre as principais preocupações está o investimento da EDP Brasil na Celesc e potencial interesse da CCR em outros segmentos de infraestrutura implícito pelo histórico de Setas – sinalizando potencialmente falta de foco e/ou oportunidades nos segmentos atuais.

A recomendação da XP é neutra sobre o nome principalmente com base na incerteza macro e na falta de gatilhos positivos.