XP calcula que apesar de imprevistos negativos petroleiras menores apresentarão bom trimestre

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Foto: Carlo Winkelmann/ freeimages.com

São Paulo – A XP Investimentos estima que o trimestre deve ser novamente positivo para as empresas de óleo e gás (O&G) brasileiras sob a cobertura da gestora, apesar da redução sequencial dos preços do Brent. Frente ao trimestre passado, o recuo foi de 12%.

“A redução de vendas reduziu o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da PRIO, enquanto a 3R sofreu com as questões em torno da produção em Macau. Por sua vez, a Petroreconcavo deverá apresentar o melhor desempenho de ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) comparado ao último trimestre, impulsionada por um aumento de 5% em sua produção de O&G”, diz análise. “Mantemos nossa visão positiva sobre as três empresas e vemos que a queda recente gerou um bom ponto de entrada.”

Segundo a XP, esse deverá ser um trimestre incomum para a empresa, porque devido ao desconto muito elevado exigido pelos compradores, a empresa decidiu vender menores quantidades de petróleo e alugar uma grande capacidade externa de estoque de petróleo no Caribe em busca de melhores condições comerciais nos próximos meses. Os analsitas da XP estimam um ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de US$127 milhões , recuo de -44% em base anual.

Para a 3R, será o primeiro trimestre com os resultados completos de 3 meses para Peroá e Fazenda Belém. Os analistas da XP explicam queesta ainda não será a estreia de Papa-Terra nos dados financeiros da 3R, já que não houve vendas durante o 4T22.

Alertam, ainda, que questões em torno da produção em Macau devem afetar negativamente os resultados deste trimestre, ainda que estimem um ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$131 milhões (+59% em base anual).

Como a produção da PetroRecôncavo aumentou 5% no trimestre, ajudou acompensar parcialmente a redução nos preços do Brent. “Prevemos perdas de hedge de cerca de R$ 94 milhões que vão afetar negativamente as receitas e o ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) relatado. Estimamos um ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) reportado (incluindo perdas de hedge e eventos não recorrentes) de R$ 412 milhões, avanço de 200% na base anual.”