Via tem recuo de 52,2% no lucro líquido no 1° trimestre de 2022

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São Paulo – A Via (ex-Via Varejo e dona das redes Casas Bahia e Ponto) reportou lucro líquido de R$ 86 milhões no primeiro trimestre de 2022, baixa de 52,2% na base anual. A receita líquida totalizou R$ 7,4 bilhões no período, 2,0% menor que o visto no mesmo período do ano anterior.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que exclui outras despesas e receitas operacionais, alcançou R$ 758 milhões no trimestre, alta de 29,8% na comparação anual.

O Gross Merchandise Value (GMV) total bruto, que inclui as vendas de comércio eletrônico e lojas, totalizou R$ 10,7 bilhões no primeiro trimestre, 3,3% maior que o visto no mesmo período de 2020. O GMV Omnicanal 1P aumentou 2,3%, para R$ 9,5 bilhões, com o 1P online crescendo 1,5% para R$ 4 bilhões.

O GMV Ominicanal do 3P (marketplace) cresceu 12,0%, para R$ 1,2 bilhão, com foco em cauda longa e número de pedidos com evolução de 111%.

A companhia reportou reversão de tendência nas lojas físicas, apesentando crescimento de 2,9% no GMV e melhora substancial sequencial nas vendas mesmas lojas de 0,3% após queda de 13,8% no 3T21 e de 25,2% no 4T21.

A Via teve alta de 1,0 milhão na base de clientes ativos para 28 milhões no 1T22 e de 4 milhões (+24% a/a) no MAU (monthly active users) para 20 milhões no 1T22.

Ao final do trimestre, a dívida bruta era estável, em R$ 4,6 bilhões, com cerca de 70% no longo prazo, versus 34% no 1T21. A posição de caixa total, que inclui recebíveis de cartão, totalizou R$ 5,2 bilhões no 1T22. O indicador de alavancagem financeira, medido pelo caixa líquido/EBITDA ajustado dos últimos 12 meses caiu para 0,4 vez em março, ante 1,5 vez no 4T21, considerando recebíveis não descontados no valor de R$ 3,9 bilhões (cartões
e outros).

Em relação ao legado trabalhista e créditos tributários, o CEO da Via, Roberto Fulcherberguer, comentou que neste trimestre, efetuou a venda de R$ 500 milhões de créditos de ICMS, e que “a gestão do contencioso trabalhista está refletida nos indicadores.”

“Temos segurança e confiança no tema e no guidance que passamos ao mercado. A partir de 2023 teremos a contribuição positiva, em termos de caixa, da linha de monetização de impostos sobre volumes despendidos com nosso passivo trabalhista. Assim, fica muito clara a real rentabilidade de nossa Companhia quando não se consideram os efeitos de tais legados positivos e negativos em nossos resultados operacionais.”