Venda de resinas da Braskem recua 9% no mercado brasileiro no 4° trimestre de 2023

158
Foto: Divulgação/Braskem

São Paulo, SP – A Braskem divulgou ontem o relatório de produção e vendas do quarto trimestre de 2023 e do ano de 2023. No mercado brasileiro, o volume de vendas de resinas recuou 11% em relação ao terceiro trimestre de 2023, explicado principalmente pela priorização de vendas com maior valor agregado, e pela sazonalidade do período. Em relação ao quarto trimestre de 2022, o volume de vendas de resinas no mercado brasileiro recuou 9%, para 785 mil toneladas, devido ao maior volume de PE vendido no último trimestre de 2022 devido a maior demanda neste período. Na comparação anual, o volume de vendas de resinas no mercado brasileiro caiu 5%, para 3,342 milhões de toneladas, dada a maior oferta de produtos no mercado internacional combinada com a priorização de vendas com maior valor agregado.

As exportações de resinas cresceram 2% em comparação ao terceiro trimestre de 2023, para 201 mil toneladas, e avançaram 8% em relação ao quarto trimestre de 2022 em função, principalmente, de oportunidade comerciais de PE e PP na América do Sul. Em relação a 2022, o volume de exportações de resinas recuou 3%, para 800 mil toneladas, devido aos níveis estoque elevados na cadeia global, impactando a demanda por produtos no período.

No mercado brasileiro, as vendas foram maiores em relação ao terceiro trimestre de 2023, em função da normalização da produção de alguns clientes que realizaram paradas programadas nos últimos meses. Em relação ao quarto trimestre de 2022, a redução de 15% é explicada, principalmente, pelas paradas programadas realizadas por clientes durante o quarto trimestre de 2023 com destaque para clientes de paraxileno; pela menor demanda de estireno; e pelo menor volume de venda de gasolina no mercado brasileiro.

No ano, as vendas de químicos no mercado brasileiro recuaram 17% em função, principalmente, dos menores spreads dos principais químicos no mercado internacional dado o desequilíbrio entre oferta e demanda global, e do menor volume de vendas de gasolina dada a menor disponibilidade de produto para venda.

As exportações recuaram 9% em comparação com o terceiro trimestre de 2023, explicado pela menor disponibilidade de produtos para venda devido a parada programada na central petroquímica da Bahia. Em relação ao quarto trimestre de 2022, o crescimento foi de 10%, devido ao maior volume de gasolina exportado, em função de melhores oportunidades comerciais no mercado internacional de combustíveis. Na comparação anual, as exportações de principais químicos cresceram 7% devido ao aumento no volume de vendas de gasolina, benzeno e tolueno devido a melhores oportunidades no mercado internacional.

O volume de vendas de PE no Brasil recuou 17% em relação ao terceiro trimestre de 2023 e se manteve em linha em relação ao quarto trimestre de 2022, explicado, principalmente, pela recomposição dos estoques e pela sazonalidade no período. Na comparação anual, o volume de vendas cresceu 5% em 2023, devido, principalmente, pelo maior volume de produto disponível para venda em função da maior taxa de utilização durante o período.

A companhia ressaltou que durante o quarto trimestre do ano passado, a maioria dos spreads petroquímicos no mercado internacional apresentaram aumento em relação ao trimestre anterior, ainda que em níveis historicamente baixos devido ao momento do ciclo da indústria petroquímica. Os principais destaque positivos foram o spread de PE base etano que aumentou 10% no período em função da redução no preço do etano no mercado
internacional, impactando positivamente os spreads no México e parcialmente no Brasil; e o aumento do preço do propeno nos EUA, o que beneficiou a rentabilidade dos produtores com flexibilidade na compra de propeno.

A taxa média de utilização das plantas de PP nos Estados Unidos e Europa veio em linha com o terceiro trimestre de 2023. Em relação ao mesmo período de 2022, o aumento foi de 7 p.p., explicado, principalmente, pela menor taxa de utilização no quarto trimestre de 2022 em função da adequação do volume de produção aos níveis de estoques e demanda da cadeia de transformação dos Estados Unidos, e formação de estoque de PP durante o trimestre dada a parada programada de manutenção em Oyster Creek nos Estados Unidos estimada para o primeiro trimestre de 2024. Na comparação anual, a taxa de utilização permaneceu em linha com 2022.

A taxa média de utilização das plantas de PE no México cresce 18% em comparação ao terceiro trimestre de 2023, em função, principalmente, da retomada da produção após parada não programada no terceiro trimestre de 2023. Em relação ao quarto trimestre de 2022, o aumento foi de 15 p.p., em virtude da estabilização da produção em função da maior disponibilidade de matéria-prima.