Venda de imóveis cresce 10% na capital paulista em 2023

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Foto divulgação/MRV

São Paulo, SP – A Secovi-SP divulgou hoje um balanço do mercado imobiliário do ano passado e as perspectivas para 2024. De acordo com dados do departamento de Economia e Estatística da entidade, apurados junto às incorporadoras associadas, a cidade de São Paulo encerrou 2023 com 76.145 unidades comercializadas, alta de 10% em relação a 2022, e 73.249 unidades lançadas, recuo de 3% em comparação a 2022.

Das unidades vendidas no ano passado, 53% corresponderam ao segmento de outros mercados e 47% foram imóveis econômicos (enquadrados nos parâmetros do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida). Nos lançamentos, a participação dos segmentos em unidades foi de 50%.

Em 2023, os valores das vendas totalizaram R$ 43,9 bilhões, 26% acima do valor registrado em 2022, dos quais 80% de outros mercados e 20% do segmento econômico. Os lançamentos atingiram R$ 44 bilhões no ano, alta de 3% em comparação a 2022, sendo 79% de outros mercados e 21% de econômicos.

A oferta disponível na capital paulista em dezembro era de 63.634 unidades, abaixo das 70.805 unidades disponíveis no fim de 2022. “Com as vendas superando os lançamentos, o estoque obviamente vem caindo. Considerando o atual estoque, o escoamento da oferta é previsto em 12 meses para o segmento de outros mercados e de 8 meses para os imóveis enquadrados no Minha Casa, Minha Vida (MCMV)”, assinalou Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP.

PERSPECTIVAS

A manutenção da queda da taxa básica de juros, a continuidade da redução nos níveis de desemprego, aliadas às mudanças promovidas no programa Minha Casa, Minha Vida e o orçamento recorde do FGTS (com perspectivas de melhorias), estão entre os fatores que influenciam positivamente as expectativas do setor para este ano.

Mantido esse quadro, a projeção é que de os lançamentos e as vendas apresentem crescimento até 5% no segmento de outros mercados e de 5% a 10% nos econômicos (MCMV).

“O ambiente hoje é muito mais favorável do que em janeiro de 2023, quando a confiança estava em baixa, a taxa de juros em alta e o cenário político era cercado de incertezas”, observa Wertheim.