Variante Delta de novo coronavírus representa 98% dos casos dos EUA

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Foto: James Gathany,/ CDC

São Paulo, 24 de agosto de 2021 – A variante Delta do novo coronavírus representa 98% das infecções nos Estados Unidos e tem elevado o número de casos, mortes e hospitalizações no país, em especial entre os não vacinados, de acordo com a diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), doutora Rochelle Walensky.

“A variante Delta da SARS-CoV-2 é altamente transmissível, representa mais 98% dos casos de covid-19 nos Estados Unidos e está conduzindo para cima infecções, hospitalizações e mortes em todo o país”, disse ela, em coletiva de imprensa.

Segundo Walensky, dados reportados à rede do CDC entre janeiro e julho mostram que hospitalizações relacionadas à covid-19 foram 17 vezes mais altas em pessoas não vacinadas do que em adultos vacinados.

Ela disse que o CDC publicou hoje um estudo examinando dados do condado de Los Angeles de maio a julho, mostrando que pessoas não vacinadas tem cinco vezes mais chances de serem infectadas e são 29 vezes mais prováveis de serem hospitalizadas em relação aos vacinados.

“Os dados nos lembram que se você não está vacinado, você está em os maiores riscos”, disse ela. “Não subestime as consequências sérias deste vírus. Vacinas são as melhores ferramentas que temos para ter controle desta pandemia”, acrescentou, apelando para que as pessoas que optaram por não vacinar revisitem sua decisão, e se tem dúvidas falem com seu médico.

Ao ser questionada sobre revisões à abertura das escolas, Walensky ressaltou que a maioria de casos vem das comunidades e por isso é preciso rodear as crianças com pessoas vacinadas. “Temos protocolos de mitigação para manter crianças seguras em ambiente escolar”, disse.

Na mesma coletiva de imprensa, o coordenador de resposta à covid-19 da Casa Branca, Jeff Zients, destacou que o ritmo de vacinações acelerou no país com o avanço de casos da variante Delta, com três dias seguidos com mais de 1 milhão de doses aplicadas pela primeira vez desde junho.

“Estamos trabalhando para aumentar requerimentos de vacinas”, disse ele, citando que estão em vigor mandatos para trabalhadores federais, de forças armadas e de instalações de saúde federais. Além disso, o setor privado também tem se mobilizado, disse ele, citando mandatos de empresas como Chevron, bem como governos regionais, caso de Nova Jersey e Nova York, que garantiram requisitos de vacinas para professores.

Por fim, o governo realizou hoje reuniões com estados e farmácias para discutir planos operacionais para aplicar as doses de reforço de vacinas contra covid-19 a partir de 20 de setembro, mobilizando um nível sem precedentes de trabalhadores federais. “Estamos agindo ativamente para permanece à frente do vírus”, disse Zients.