Vale anuncia reorganização das unidades de níquel e cobre no brasil

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Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, Minas Gerais. Foto: Agência Vale

São Paulo – O conselho de administração da Vale aprovou a reorganização das operações de metais básicos detidas pela mineradora no Brasil, que prevê a transferência dos ativos de cobre para a Salobo Metais S.A. e a transferência dos ativos de níquel para uma nova sociedade a ser constituída pela Vale no Brasil. Os ativos de níquel e cobre continuarão a ser consolidados e detidos integralmente pela Vale.

“A reorganização busca centralizar as operações de metais básicos no Brasil em duas sociedades, trazendo maior eficiência nos processos e na gestão”, disse a companhia, em comunicado.

A Vale esclarece que não há, no atual momento, nenhuma deliberação sobre novas transações envolvendo seu negócio de Metais Básicos e informa que manterá o mercado em geral informado sobre quaisquer atualizações relevantes.

Cia elimina mais três barragens a montante em Minas Gerais

A Vale concluiu as obras de descaracterização de mais três estruturas a montante, o Dique Auxiliar da Barragem 5, na Mina Águas Claras, em Nova Lima (MG), o Dique 3 do Sistema Pontal, na Mina Cauê e a barragem Ipoema, na Mina do Meio, ambos em Itabira (MG).

Com isso, a companhia eliminou 40% das estruturas previstas no Programa de Descaracterização. Ao todo, a Vale eliminou 12 estruturas desde 2019, sendo cinco em 2022.

Segundo a mineradora, as atividades de engenharia, ações preliminares ou obras já estão em andamento para todas as demais estruturas que fazem parte do Programa de Descaracterização.

“A eliminação das barragens a montante da empresa no Brasil é parte de uma profunda transformação na gestão de estruturas de disposição de rejeitos da companhia e uma das principais ações da Vale para evitar que rompimentos como o de Brumadinho voltem a acontecer”, disse a mineradora, em nota.

As atividades de engenharia e obras já estão em andamento em todas as estruturas do Programa de Descaracterização de barragens construídas pelo método a montante. Das 12 estruturas deste tipo já eliminadas, nove ficavam Minas Gerais (barragem 8B, Dique Rio do Peixe, barragem Fernandinho, Diques 3, 4 e 5 da barragem Pontal, Dique Auxiliar da barragem 5 e as barragens Ipoema e Baixo João Pereira) e três no Estado do Pará (Diques 2 e 3 Kalunga e barragem Pondes de Rejeitos).

Todas as barragens a montante da companhia são objeto de avaliação por equipe técnica independente e integram Termo de Compromisso assinado com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e Estado de Minas Gerais.

“Cumpre reforçar que a empresa seguirá agora com todo processo para avaliação e formalização da descaracterização pelos órgãos competentes”, disse a Vale.

A mineradora informa que o cronograma das obras e mais informações sobre o programa estão disponíveis em seu site www.vale.com/esg.