Trump indica juíza conservadora Amy Coney Barrett para Suprema Corte

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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump / Foto: Casa Branca

São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Doanld Trump, indicou no final de semana a juíza conservadora Amy Coney Barrett para
compor a Suprema Corte do país, depois do falecimento da juíza liberal Ruth Bader Ginsburg.

“É uma honra indicar uma das mentes jurídicas mais brilhantes e talentosas de nossa nação para a Suprema Corte. Ela é uma mulher de realizações incomparáveis, intelecto elevado, credenciais excelentes e lealdade inflexível à Constituição: juíza Amy Coney Barrett”, disse Trump em discurso na Casa Branca no sábado.

“Esta deve ser uma confirmação direta e imediata. Deve ser muito fácil. Boa sorte. Vai ser muito rápido. Tenho certeza de que será extremamente não controverso. Dissemos isso da última vez, não foi?”, disse ele, em referência à sua indicação anterior à Suprema Corte, do juiz Brett Kavanaugh. Ele foi submetido a escrutínio extra por acusações de agressão sexual.

Ao lado de Trump na coletiva de imprensa, Barrett disse estar honrada e elogiou a juíza Ginsburg por seu exemplo e talento, bem como sua amizade longa com o juiz Antonin Scalia. Barrett trabalhou mais de 20 anos com Scalia, seu mentor.

“Sua filosofia judicial é minha também: um juiz deve aplicar a lei como está escrita. Os juízes não são formuladores de políticas e devem ser resolutos em deixar de lado quaisquer opiniões políticas que possam ter”, disse Barrett. Ela é conhecida por suas posições contrárias ao aborto e ao programa de saúde conhecido como Obamacare.

Trump tem pressionado para que a audiência de confirmação de Barrett no Senado ocorra já em outubro, para que o cargo vago na Suprema Corte seja preenchido antes das eleições presidenciais, em 3 de novembro.

Uma votação de confirmação do Senado antes da eleição selaria uma maioria conservadora de 6 contra 3 liberais na Suprema Corte.

Na semana passada, Trump disse que o resultado da votação “vai acabar na Suprema Corte”, repetindo que o plano de alguns estados de ampliarem os votos por correspondência devido à pandemia aumenta os riscos de fraude, mesmo sem evidências disso.

O presidente também não se comprometeu com uma transferência pacífica de poder se perder a disputa. “Bem, vamos ter que ver o que acontece”, disse.