Suzano eleva em US$50 por tonelada preço do papel e papelão; ação sobe

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São Paulo – As ações da Suzano (SUZB3) fecharam em alta de 1,81%, a R$ 62,59, ficando entre as poucas valorizações em dia de forte queda do Ibovespa, após a companhia anunciar uma elevação de US$ 50 por tonelada do preço de seus papéis revestidos, não revestidos e papelão para clientes na América Latina, África, Oriente Médio e Ásia, segundo uma fonte do setor de papel e celulose. O reajuste será válido a partir de outubro.
A forte alta do dólar – com o dólar comercial encerrando com valorização de 2,87%, a R$ 5,3250 – também impulsionou os papéis da companhia, que por ser exportadora se beneficia da subida da moeda norte-americana.
Mais cedo, em relatório matinal, o BTG Pactual manteve a recomendação de compra das ações da Suzano e da Klabin, considerando uma potencial valorização de 40% nos níveis atuais, com um alto grau de pessimismo já precificado. Os analistas consideram que os papéis apresentam resiliência à riscos e exposição à volatilidade do atual ambiente de investimentos.
Entre os pontos positivos, a análise destacou que o setor está muito menos exposto à potencial crise hídrica no país, preocupações fiscais, ao crescente ruído político. Além disso, que os preços da celulose poderiam estar chegando “ao fundo do poço” e devem chegar a US$ 610-620 por tonelada, dos atuais US$ 630 por tonelada nos últimos meses.
“Dito isto, acreditamos que faz sentido que os investidores aumentem alocações para ações de papel e celulose e reiteramos nossas classificações de compra da Klabin e da Suzano”, escreveram Caio Greiner e Leonardo Correa, em relatório.
Com o Ibovespa em queda de 2,58%, o papel da Klabin (KLBN11) caiu 1,16%, a R$ 25,44.