Secretário da Saúde diz que anúncio de ministro foi mal interpretado

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Foto: Brian Hoskins / freeimages.com

Brasília – O secretário-executivo do ministério da Saúde, Elcio Franco, disse há pouco a jornalistas que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi mal interpretado ao anunciar, ontem, a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pela empresa Sinovac, da China, no estimado valor de R$ 2,6 bilhões segundo o ministro.

“Qualquer vacina, quando estiver disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo mnistério da Saúde poderá ser oferecida aos brasileiros por meio do programa nacional de imunizações. E no que depender desta pasta não será obrigatória”, disse o secretário. Segundo Franco não há intenção ou compromisso com o governo do estado de São Paulo para a aquisição de vacinas.

“Não há intenção de compra de vacinas chinesas”, afirmou Franco. O governador de São Paulo pediu em coletiva que a o presidente da República, Jair Bolsonaro, respeite seu ministro da saúde. O anúncio feito pelo ministro provocou reação da base eleitoral de Bolsonaro nas redes sociais, onde o presidente é mais ativo, e levou ao anúncio de Bolsonaro por meio de suas redes sociais em pronunciamento entitulado de “a vacina chinesa de João Doria” que o governo federal não irá efetuar a compra da “vacina chinesa”.

Em nota de esclarecimento o ministério da Saúde informa que tem enviado esforços “na direção de proteger a população por intermédio de várias ações”. Entre as ações citadas pela Pasta estão a participação do Brasil no Covax Facility com opção de compra, o contrato de encomenda tecnológica AztraZeneca/Oxford para produção própria de insumos que, segundo a Pasta, gerará 110 milhões de doses a partir do segundo semestre de 2021.

O ministério reforçou na nota não haver qualquer compromisso com o governo do estado deSão Paulo para aquisição de vacinar. “Tratou-se de um protocolo de intenção entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante, grande parceiro do MS na produção de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, explica. A afirmação vem após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ter criticado publicamente o anúncio feito ontem por Pazuello, associando a vacina chinesa ao governo de João Doria.

“A premissa para aquisição de qualquer vacina prima pela segurança, eficácia (ambos conforme aprovação da Anvisa), produção em escala, e preço justo. Quando qualquer vacina estiver disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo Ministério da Saúde, ela será oferecida aos brasileiros por meio do PNI e, no que depender desta Pasta, não será obrigatória”, diz a nota.