Sanções à Rússia podem ser expandidas, diz conselheiro da Casa Branca

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Foto: FreeImages.com / Ben Wright

São Paulo – Washington não está “nem perto” de suspender quaisquer sanções contra a Rússia e pode impor ainda mais medidas restritivas contra Moscou, disse o vice-conselheiro de segurança nacional para economia internacional da Casa Branca neste domingo (20).
Singh deu a declaração em entrevista ao programa “60 minutes”, veiculado pela emissora norte-americana CBS News. A autoridade especificou que as áreas que poderiam ser visadas incluem o setor bancário da Rússia, além dos setores de energia.
“É principalmente sobre petróleo e gás, mas há outros setores também. Não quero especificá-los, mas acho que [o presidente russo Vladimir] Putin saberia quais são”, disse Singh.
Questionado sobre o que Putin poderia fazer para que os Estados Unidos retirem as sanções, Singh afirmou que Washington não está “nem perto desse ponto” e que a retirada das restrições é improvável. Entretanto, um primeiro passo seria o fim das hostilidades na Ucrânia, disse.
O vice-conselheiro da Casa Branca ainda afirmou que Putin está “isolando sua economia”. Segundo ele, “a Rússia está agora no caminho mais rápido para um padrão de vida soviético ao estilo dos anos 1980” e “está olhando para um abismo econômico”.
Singh, afirmou ainda durante a entrevista acreditar que a economia da Rússia “vai ter metade do tamanho que tinha antes” do início da intervenção na Ucrânia.
“E não nos orgulhamos do sofrimento do povo russo. Esta é a guerra de Putin. Estas são as sanções de Putin. E este é o sofrimento de Putin que ele está colocando sobre o povo russo”, afirmou, acrescentando que a Casa Branca quer demonstrar o suposto “fracasso estratégico” as decisões do Kremlin e que as sanções visam “impor custos esmagadores” à Rússia.
Singh também foi questionado sobre o papel diplomático da China na crise, mas se recusou a dar detalhes sobre como a Casa Branca poderia reagir se Pequim começar a apoiar ativamente Moscou.
“Fomos muito claros com a China sobre qualquer apoio a esta invasão e qualquer ajuda que possa fornecer à Rússia para evitar as sanções. E também deixamos claro quais seriam essas consequências”, disse, sem especificar detalhes, alegando sigilo.