RADAR DO DIA: Reforma administrativa, Selic e Hapvida

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Foto: energepic.com / Pexels

São Paulo – As bolsas internacionais operam em alta depois de o banco central dos Estados Unidos indicar que pode começar em breve a reduzir o volume de estímulo injetado no sistema financeiro e elevar os juros em 2022.
O anúncio poderia ter puxado para baixo os índices de ações, pois significa na prática que até o meio do ano que vem, segundo analistas, a instituição deixará de injetar liquidez na economia. O mercado, porém, preferiu olhar para o fato de que o Fed continuará com o estímulo, ainda que em menor grau, por aproximadamente um ano.
Notícias de que a companhia chinesa Evergrande, que deve US$ 300 bilhões e está em dificuldades financeiras, foi instruída pelo governo da China a pagar em dia uma dívida em dólar com investidores do exterior, também ajudam a impulsionar as bolsas lá fora.
No Brasil, o Ibovespa deve seguir o movimento do exterior, mas a alta pode ser limitada pela dificuldade do governo em avançar com a reforma administrativa na Câmara dos Deputados. O texto deve ser votado hoje em uma comissão da Casa, após vários adiamentos.
Ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto porcentual (pp), a 6,25%, conforme o previsto pela maioria dos especialistas. O grupo sinalizou que a taxa deve subir mais 1 pp em outubro e indicou que pode ter que elevar os juros para níveis ainda mais altos para conter a inflação.
No campo político, os senadores aprovaram, em dois turnos, a reforma eleitoral (PEC 28/21), mas rejeitaram a volta das coligações partidárias nas eleições proporcionais. A proposta, já aprovada na Câmara dos Deputados, estimula o lançamento de candidaturas de mulheres e negros. A emenda constitucional segue para promulgação pela mesa diretora do Congresso.
O texto prevê a contagem em dobro dos votos para mulheres e negros no cálculo do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento das Campanhas a partir das eleições de 2022 até 2030.
Em âmbito corporativo, A Hapvida informou que Candido Pinheiro Koren de Lima Junior, um dos controladores da empresa, apresentou carta de renúncia ao cargo de vice-presidente comercial e de relacionamento, com efeitos a partir do dezembro deste ano.
Apesar da renúncia, Candido Junior permanecerá no conselho de administração e também coordenará o comitê de inovação, transformação e excelência operacional da Hapvida.
O conselho de administração da Multiplan aprovou a emissão de 450 mil debêntures, com valor unitário de R$ 1 mil, totalizando R$ 450 milhões. A data de emissão será em 15 de outubro deste ano e o prazo de vencimento em 15 de outubro de 2029.
O conselho de administração da Companhia Paranaense de Energia (Copel) aprovou uma suplementação orçamentária de R$ 85 milhões para o cumprimento do plano de investimentos da Copel Distribuição, passando de R$ 1,217 bilhão para R$ 1,302 bilhão.
A Eletrobras informou o encerramento da oferta pública com esforços restritos, de debêntures emitidas por sua controlada Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil (CGT Eletrosul), com a subscrição e integralização de 400 mil debêntures simples, não conversíveis em ações, de R$ 1 mil reais, perfazendo o montante total de R$ 400 milhões na data de emissão, conforme informado em fato relevante em 19 de agosto.
O conselho de administração da Minerva aprovou a captação de R$ 400 milhões por meio da emissão de debêntures simples, em série única, em data a ser definida na escritura de emissão. Os recursos captados serão destinados ao pagamento das debêntures da primeira série, emitidas pela companhia no âmbito de sua sexta emissão e no alongamento do seu perfil de endividamento.
O conselho de administração da Ultrapar aprovou o plano de sucessão da presidência do colegiado, desenvolvido sob a coordenação do seu atual presidente, Pedro Wongtschowski, cujo mandato se encerrará em abril de 2023. O atual conselheiro Marcos Marinho Lutz será recomendado para a posição e, entre janeiro de 2022 e abril de 2023, assumirá a presidência da Ultrapar, para aprofundar-se nos diversos negócios do Grupo Ultra.
O atual diretor presidente da companhia, Frederico Curado, foi eleito para a vice-presidência do conselho de administração da Ultrapar com mandato a partir de janeiro de 2022, sucedendo Lúcio de Castro Andrade Filho, que se aposentará ao final de 2021.
O conselho também aprovou aprovou as eleições de Leonardo Remião Linden e Marcelo Pereira Malta de Araújo à presidência da Ipiranga e à diretoria executiva corporativa e de participações na holding Ultrapar, que serão efetivadas em outubro. O atual diretor de planejamento e controle John Shojiro Suzuki deixará a empresa e será sucedido por Cristiane Silva Leite, que atualmente é diretora de Riscos, Compliance e Auditoria Interna da Ultrapar e será sucedida por Fernanda Teves de Souza, atual gerente de compliance da companhia.
O conselho de administração da Companhia Paranaense de Energia (Copel) deliberou pela retirada da matéria relativa à revisão da remuneração anual global do órgão, do conselho fiscal e comitês estatutários, da pauta da assembleia geral extraordinária convocada para o dia 27 de setembro, às 15h.
O conselho de administração da Hypera Pharma aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 194,8 milhões, correspondente a R$ 0,30808 por ação ordinária com retenção de imposto de renda na fonte, a ser realizado até o final do exercício social de 2022, em data a ser definida pela companhia, aos acionistas com posição ao final de 27 de setembro.
A Klabin comunicou a morte do presidente do conselho de administração da companhia, Armando Klabin, nesta data, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou que o consumo de energia no Brasil ficou estável nas duas primeiras semanas de setembro, com a utilização de 64.693 megawatts (MW) médios do Sistema Interligado Nacional (SIN), alta de 0,2% em relação ao mesmo período do ano passado e de 4,2% frente a 2019, segundo dados preliminares.