RADAR DO DIA: De olho no Fed; IPCA-15; Focus reduz inflação para 2023/24

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Símbolo do Fed em dólar // Crédito: Pexels/Karolina Grabowska

São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. O mercado está de olho no início da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que decidirá amanhã (26) a nova taxa de juros do país, e na divulgação da prévia do Indice de Preços ao Consumidor (IPCA-15) de julho, na manhã de hoje.

Em sua última decisão, o Fed manteve estável a taxa básica de juros na faixa entre 5,0% e 5,25%, alegando que a pausa serviria apenas para observar os efeitos da política monetária com mais atenção. Analistas acreditam que o Fed promoverá neste mês uma alta de 0,25 ponto percentual, porém, não é mais consenso no mercado se uma segunda alta acontecerá até o fim do ano.

Nas últimas semanas, em meio aos anúncios dos resultados do segundo trimestre das principais empresas dos EUA, foram divulgados números da economia do país, entre eles, os dados do varejo e da produção industrial, e o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Nesta sexta-feira (28), será a vez do Indice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês). Todos esses dados são analisados e servem de base para as decisões do Fed. Atualmente, a inflação acumulada em 12 meses nos EUA é de 3%.

Além da decisão do Fed, o Banco Central Europeu (BCE) também decidirá, na quinta-feira (27), sua nova taxa de juro. A previsão é de um novo aumento de 0,25 ponto percentual. Na sexta-feira (28), será a vez do Banco Central do Japão (BoJ), que deve manter os juros no negativo.

Por aqui, a expectativa é para o IPCA-15 de julho, com previsão de queda de 0,02% em comparação a junho. Já a taxa acumulada pelo IPCA-15 em 12 meses deve ter alta de 3,25%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro CMA.

As previsões de dez instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre -0,30% a +0,27 %, com a média das projeções em -0,02%. Para o acumulado em 12 meses até julho, as previsões de nove “casas” consultadas variam entre +3,20% e + 3,40% (média em +3,27%).

Na manhã de hoje foi divulgado o boletim Focus, com a previsão de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central, que apontaram um IPCA de 4,90% em 2023 e de 3,90% em 2024. Sobre a taxa Selic, a expectativa é de 12% em 2023, e de 9,50% para 2024. Por fim, a previsão para o Produto Interno Bruto neste ano é de 2,24%, e de 1,30%, em 2024.

Além do IPCA-15, semana também trará o Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) referente ao mês de julho, na sexta-feira, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) Contínua, de junho, que mede a taxa de desemprego, e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), na quinta-feira (27).

No setor corporativo, a Totvs informou ontem (24) que seu Conselho de Administração aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), no valor total bruto de R$ 138,8 milhões, correspondente a R$ 0,23 por ação. Os JCP serão pagos aos acionistas beneficiários no dia 25 de agosto.

A Eletrobras informou a estimativa de investimentos para o período de 2023 a 2027. A companhia espera reconquistar o protagonismo de crescimento no setor elétrico brasileiro, através de um potencial de investimentos entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões para os próximos cinco anos. Desses valores, a empresa tem R$ 17,1 bilhões de investimentos já contratados em geração e transmissão.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), começou nesta segunda-feira (24/7) o Renegocia!, mutirão de negociação de dívidas de diferentes fontes, como instituições financeiras, empresas de telefonia, água, energia elétrica, entre outras. Dívidas com pensão alimentícia, crédito rural e imobiliário estão excluídas das negociações. A iniciativa visa à prevenção do superendividamento e também auxiliar os consumidores na negociação de suas dívidas, com a preservação do mínimo existencial de R$ 600.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta segunda-feira (24), que o governo vai propor o encerramento do mecanismo de juros sobre capital próprio. É uma das medidas que está sendo elaborada pela Fazenda, disse, ao deixar o anexo do Palácio do Planalto, após reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

As ações de bancos fecharam o pregão de segunda-feira em queda após o ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmar que o governo estuda acabar com os juros sobre o capital próprio (JCP). A corretora Ativa disse que a notícia é negativa, pois a extinção deverá gerar uma queda no lucro contábil das companhias, visto que reduz o benefício é responsável por reduzir a base de cálculo dos impostos (lucro tributário).

A JBS obteve a efetividade do registro do Formulário F-4 apresentado perante a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos da América, a Securities and Exchange Commission (SEC) relativo às ofertas de troca e, com isso, passa a ser obrigada a divulgar informações nos Estados Unidos e, portanto, sujeita às exigências de divulgação de informações previstas na legislação do país.

O Ministério de Minas e Energia (MME) assinou, no último sábado (22), uma declaração conjunta com mais de 15 países para acelerar o desenvolvimento do comércio internacional de hidrogênio renovável e de baixo carbono, durante a reunião da Ministerial de Energia Limpa (CEM, na sigla em inglês) na India.

A Volkswagen cancelou o layoff (suspensão temporária dos contratos de trabalho) previsto para agosto na fábrica de Taubaté. O anúncio foi feito pela montadora neste domingo (23), após a melhora no desempenho de vendas e negociação para troca da ferramenta de flexibilização com o sindicato, informou o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região
(Sindmetau).

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciou nesta segunda-feira uma missão na Ásia, com o ministro Carlos Fávaro, a equipe técnica da pasta, Embrapa, comitiva de parlamentares e representantes do setor, em que foram apresentadas as propostas brasileiras para avanço da produção sustentável na Coreia do Sul, informou a pasta. Outros assuntos debatidos foram a abertura de mercado e um protocolo Internacional regionalizado para casos de gripe aviária.

Nesta terça-feira (25), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) realizará um seminário para stakeholders, autoridades sanitárias e importadores da Coreia do Sul, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).