RADAR DO DIA: Atraso em vacinas na Europa preocupa investidores

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São Paulo – As bolsas no exterior registram queda com investidores preocupados com as dificuldades enfrentadas pelos laboratórios produtores de vacinas contra a covid-19 para entregar as doses dentro do prazo previsto.

A onda de ataques especulativos por grupos de pequenos investidores a algumas ações nos Estados Unidos também ajuda a manter as bolsas em baixa. Eles compram ações com grande quantidade de posições vendidas a descoberto para forçar o fechamento destas posições – ou seja, forçar quem está apostando na queda dos preços a comprar aquela ação.

A estratégia está afetando particularmente fundos de hedge, que precisaram cobrir perdas com estas posições vendendo ações de outras empresas – daí a pressão negativa sobre o mercado em geral.

Ainda nos Estados Unidos, o governo de Joe Biden rejeita a possibilidade de dividir a proposta de estímulos de US$ 1,9 trilhão em partes menores para obter a aprovação do Congresso como aconteceu na gestão anterior, mas considera usar a reconciliação orçamentária para conseguir que o apoio fiscal seja liberado, segundo a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

No Brasil, a reforma tributária está pronta para ser votada pela Câmara dos Deputados até o final de março porque o debate já está amadurecido o suficiente depois das discussões ocorridas no ano passado, afirmou o candidato a presidente da Câmara dos Deputados Baleia Rossi (MDB-SP). Ele também é o autor de uma das propostas de reforma tributária em discussão.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou uma estimativa de impacto de até R$ 1,3 bilhão em janeiro e fevereiro para os consumidores de energia elétrica devido à decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) de aumentar a vazão da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.

Na agenda do dia, estão previstos dados sobre os preços ao produtor, às 9h, e uma participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial, às 13h15.

Em âmbito corporativo, a Cosan informou que sua subsidiária Raízen mantém negociações com a Biosev para a compra da companhia e que, embora os contratos ainda não tenham sido assinados, as empresas já optaram por submeter, a potencial transação ao Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade).

O conselho de administração do Itaú Unibanco elegeu os novos membros de sua diretoria executiva para o mandato que vigorará até a posse dos eleitos na reunião do conselho de administração que suceder a assembleia geral ordinária de 2021. Os eleitos aguardam a homologação pelo Banco Central.

O colegiado também registrou o afastamento de Candido Bracher do cargo de diretor presidente da companhia, a partir de 2 de fevereiro, e o remanejamento do atual diretor vice-presidente, Milton Maluhy Filho, para substituí-lo na posição.

As ações da IBR Brasil fecharam em forte alta, com ganhos de 17,81%, a R$ 7,67, refletindo especulações depois que pequenos investidores se reuniram em um grupo da rede social Telegram com o objetivo de replicar na empresa um movimento similar ao que tem ocorrido com as ações da GameStop em Wall Street. Com a alta, a empresa ganhou R$ 1,47 bilhão em valor de mercado de ontem para hoje, passando a valer R$ 9,724 bilhões.

A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) avalia que não há impedimentos para a total abertura do mercado livre de energia no Brasil, incluindo os consumidores residenciais, aponta estudo realizado pela consultoria Thymos Energia para a entidade. Essa modalidade prevê que o consumidor escolha sua energia proveniente de qualquer fonte de geração.

Nos Estados Unidos, a A Visa reportou lucro líquido de US$ 3,126 bilhões no primeiro trimestre fiscal de 2021, encerrado em 31 de dezembro de 2020, o que representa uma queda de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a receita somou US$ 5,687 bilhões, uma baixa de 6% na mesma base de comparação.

A Oi, em recuperação judicial, assinou contrato para a venda de ativos móveis à Telefônica Brasil, a TIM e a Claro. O consórcio formado pelas três operadoras arrematou a unidade móvel da Oi por R$ 16,5 bilhões em leilão realizado em dezembro. Não houve proposta concorrente.